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Kubo e as Duas Cordas

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Kubo And the Two Strings (Kubo e as Duas Cordas) é o mais recente filme de Travis Knight, que conta com a participação de grandes nomes de Hollywood como Art Parkinson, Charlize Theron, Matthew McConaughey, Ralph Fiennes, Rooney Mara, George Takei, e Cary-Hiroyuki Tagawa. Apesar de não ser uma produção japonesa, Kubo inspira-se profundamente na cultura e folclore japonesas e chinesas, algo visível pelo vestuário, pelas construções, pela música, entre outros elementos, razão pela qual decidimos partilhar com vocês esta review.

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A obra de Travis Knight segue um rapaz, Kubo, que vive numa pequena aldeia onde divide o tempo entre cuidar da sua mãe e criar pequenas narrativas, inspiradas na história do seu pai, com ajuda do seu Shamisen mágico e papel de origami. Quando o pôr-do-sol chega, Kubo regressa a casa onde passa alguns momentos com a mãe, que o avisa repetidamente que não deve sair durante a noite ou as suas tias acabarão por encontrá-los.

A vida pacífica do protagonista muda radicalmente, no entanto, durante as celebrações do Festival dos Espíritos que lembra o Zhong Yuan Jie ou Yu Lan Jie, um evento budista no qual se acredita que os mortos visitam os vivos. No final das comemorações, à noite, lanternas de papel são colocadas no rio para guiar os espíritos de volta ao “Paraíso”. Nunca tendo conhecido o seu pai, Kubo decide tentar comunicar com ele através da lanterna mas em vão (e por uma boa razão). Este pequeno mas compreensível deslize acaba, contudo, por levá-lo a ser encontrado pelas duas tias, e a sua aventura começa.

Com a ajuda da Macaca e do Besouro, Kubo procura pela única armadura capaz de derrotar o seu avô, o Rei Lua (um ser mágico cego à beleza dos mortais), que consiste na Espada Inquebrável, na Couraça Impenetrável, e no Capacete Invulnerável.

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A banda sonora e a fotografia chamam bastante a atenção. A banda sonora é composta por musicas orquestrais como é habitual das produções americanas mas possui igualmente várias músicas criadas através do Shamisen (instrumento musical tradicional japonês). A fotografia vai-se transformando consoante a história, sendo colorida e clara (utilizando o amarelo, o vermelho e o laranja) no início do filme e tornando-se mais sombria e fria (em tons de azul, branco e preto) com o seu fim, altura em que mistura cores quentes e frias (Kubo consegue derrotar o vilão e apesar de muito ter sido perdido, existe tristeza mas também felicidade e esperança).

Em termos estéticos Kubo e as Duas Cordas diferencia-se imediatamente da maioria das obras de animação atuais pelo uso de stop motion, em vez do CGI a que estamos mais do que habituados. Os bonecos e ambientes possuem uma estética agradável, bem construída e única que não passa despercebido quer para os adultos quer para os mais novos – mais um excelente trabalho da LAIKA.

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Por falar nos mais novos, a obra possui uma narrativa talvez não aconselhável a crianças mais pequenas devido à enorme carga dramática (ver a morte dos pais, realização de que Kubo terá de enfrentar o mundo sozinho) e à forma “assombrosa” com que são caracterizados os vilões, especialmente as tias (um tom sombrio, frio, e calculista).

Curiosamente, a mensagem final do filme é ela também muito oriental e pacífica. Apesar de todo o mal que o Rei Lua infringe no neto (matar os seus pais, roubar o seu olho tentando ainda cegá-lo para sempre, para que viva consigo na escuridão), é lhe concedida uma oportunidade de redenção não apenas por Kubo mas também por toda a aldeia, ainda que destruída por ele.

Kubo e as Duas Cordas é uma obra que consegue na perfeição conjugar drama, comédia e acção, e vale a pena ser visto por toda a família. Em Portugal o filme ainda se encontra em exibição (a dobragem portuguesa está bastante boa, ainda que Besouro ter sido traduzido para Barata e claro de algumas piadas se terem perdido), por isso, não percam!

Escrito por: Ângela Costa


An – Uma pastelaria em Tóquio

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Todos os filmes de Naomi Kawase, têm como denominador comum a simplicidade. Kawase é uma narradora de sentimentos. A sua obra parece ter o único propósito de revelar a importância do simples e maravilhoso tornando assim os filmes profundos, melancólicos e, às vezes, lineares no assunto.

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Encontramos essa simplicidade no seu mais recente filme Uma pastelería em Tóquio (あん – An, no título original), que é baseado no romance de Durian Sukegawa (sem tradução para o português), e onde a realizadora nos mostra o outro lado da capital japonesa, uma misteriosa Tóquio sem anúncios publicitários fluorescentes, sem a densidade rodoviária, urbana e excesso de contaminação parecendo que se vive numa outra dimensão espácio-temporal.

A longa metragem centra-se em três personagens: Sentaro (Masatoshi Nagase) que tem como negócio uma pastelaria de dorayaki para saldar uma antiga dívida, Tokue (Kirin Kiki) uma simpática e adorável senhora de idade que o que mais quer é disfrutar a vida e por fim Wakana (Kyara Uchida) uma jovem estudante que vive num apartamento com a sua mãe e que visita diariamente a pastelaria para ir buscar as sobras dos doriyaki que estão mal feitos. Com o desenrolar do filme vamos assistindo a amizade que estes três personagens vão criando entre eles. Como curiosidade, as actrizes que interpretam Tokue e Wakana são avó e neta respectivamente.

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O filme torna-se uma reflexão cada vez mais profunda de como um relacionamento humano pode se estreitar, no caso, entre Sentaro e Tokue. O passado de ambos vai se descortinando e, de uma certa forma, se entrelaçando, onde a dor de uma separação seria insuportável. Tudo isso regado a lindas imagens de cerejeiras e às maravilhosas metáforas que somente a filosofia oriental pode fazer. É um filme muito triste, mas muito reflexivo, numa mostra de que as carências afetivas de uma pessoa podem ser preenchidas pela ternura de outra.

Uma pastelería em Tóquio traz-nos os três períodos da nossa vida mais importantes pelos quais passamos: a impaciente adolescência; a inércia da fase adulta; e a sabedoria tardia que vem com a idade, todos representados de uma só vez, como um grande panorama de uma vida inteira. É esta terceira fase que o filme também quer mostrar, isto porque, sendo o Japão o país com o maior número de idosos do mundo, é urgente saber o que fazer com esse número cada vez maior de pessoas em idade avançada, pois não vale a pena viver mais se essa vida não for sinónimo de viver bem. Ociosidade não é uma boa opção, ninguém gosta de se sentir inútil, mesmo quando se atingiu uma idade bastante avançada.

E esse tal preenchimento de nos sentirmos úteis às vezes vem de onde menos se espera, numa prova de que a vida é um oceano de possibilidades e jamais deve ser descartada, mesmo nos momentos de maior desespero e desalento.

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Este é um filme que toca, emociona e nos enche de esperança, pois presenciamos à transformação de vida dos personagens, mesmo com todas as adversidades que poderiam impedir tal situação. Através dos olhos da realizadora o espectador contempla uma visão mais particular do mundo, serena, calma e minuciosa.
Um poema de amor à vida, que consiste em ‘ver e ouvir’, como disse Tokue.

Como nota de curiosidade, o filme já arrecadou imensos prémios importantes em vários festivais por esse mundo fora: Vencedor do Premio Espiga de Plata para melhor realização no SEMINCI; Melhor filme estrangeiro no Festival Internacional de São Paulo; Melhor actriz para Kirin Kiki no Asia Pacific Screen Awards e Hochi Film Awards; Prémio do Público no Cork International Film Festival e ainda foi seleccionada para inaugurar a secção “Un Certain regard” do Festival de Cannes.

Escrito por: Fernando Ferreira

Novo filme de Naomi Kawase

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A realizadora Naomi Kawase que recentemente estreou nas salas portuguesas o filme An (que no nosso país ganhou o nome de Uma Pastelaria em Tóquio), revelou que o seu novo filme intitulado Hikari – 光 (Luz, na versão portuguesa) terá a sua estreia em meados de 2017.

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O filme começou a ser filmado a 16 de Outubro na cidade de Nara e tem data prevista para terminar a 20 de Novembro. Tem como protagonistas principais um câmara que sofre de ambliopia interpretado por Masatoshi Nagase (o actor principal de Uma pastelaria em Tóquio) e Misako, uma jovem rapariga que decide afastar-se do mundo. O restante elenco para este filme é o seguinte: Mantaro Koichi, Misuzu Kanno, Mantaro Koichi, Saori Koide, Chihiro Otsuka, e Tatsuya Fuji.

Os filmes da realizadora tem tido uma maior visibilidade e aceitação ao nível mundial. Tendo os seus dois mais recentes filmes terem estreado em Portugal é bem provável que este Hikari veja a luz do dia nas nossas salas de cinema.

Genocidal Organ estreia em 2017

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Foi finalmente confirmado a data de estreia do filme Genocidal Organ que adapta a “novel” com o mesmo nome da autoria do Project Itoh. O elenco também já foi revelado: Yuuichi Nakamura como Clavis Shepherd, Akio Ohtsuka como Rockwell, Kaito Ishikawa como Realand, Sanae Kobayashi como Lucia para citar alguns.

Foi uma surpresa quando se soube que seria o estúdio de animação Manglobe a ficar responsável pelo filme, isto porque em Setembro de 2015 a empresa tinha declarado bancarrota para ser criada um novo estúdi, Geno Studio, que se encarregaria do projecto. Shukou Murase foi desde o ínicio deste filme o realizador escolhido para a produção deste filme.

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Para mais informações podem seguir o sit oficial em www.project-itoh.com.

Oguri Shun em “Museum”

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Foi colocado no Youtube um trailer especial do filme “Museum” que estreará já na próxima semana nas salas de cinema japonesas. A razão deste novo trailer é para publicitar o novo single “Taking Off” de uma das bandas com maior sucesso no Japão, os ONE OK ROCK.

O filme “Museum” é um triller psicológico baseado no manga com o mesmo nome de Tomoe Ryosuke e realizado por Keishi Ohtomo. Conta com Oguri Shun no papel de Sawamura Hisashi, um detective que persegue o suspeito de uma série de casos de assassinato que ocorre em dias chuvosos.

“Museum” estreia a dia 12 de Novembro e aqui podem ver o trailer especial.

Chinmoku

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Em 1549, seis anos após o primeiro contacto dos portugueses em 1543 com os japoneses, Francisco Xavier chegou pela primeira vez ao Japão. Numa altura em que a igreja católica se tentava reinventar espalhando a fé por todos os cantos do mundo, Francisco Xavier teve um papel vital na introdução desta religião no Japão, onde em trinta anos e com a ajuda dos seus dos sucessores no Japão, chegou a um número de trezentos mil crentes. No entanto, desagradados com a crescente influência da religião católica no seu território, o shogunato Tokugawa decidiu começar a tomar medidas para controlar o crescimento da influência da religião católica e dos jesuítas que a propagavam, tendo estas medidas chegado à proibição total da religião em 1639, após a revolta de Shimabara, cujos muitos dos participantes eram cristãos japoneses. Começando uma autêntica perseguição aos crentes da religião católica no Japão, é neste momento de grande repressão que se situa a história da obra clássica de Shusako Endo, Chinmoku (沈黙, lit. O Silêncio).

Publicada em 1966, a obra de Shusako Endo viria a ser adaptada em 1971 ao cinema por Masahiro Shinoda, com um guião onde Shusako Endo foi membro participante da escrita do mesmo. No filme, tal como no livro, o personagem principal é o padre jesuíta Sebastião Rodrigues, que chega ao Japão acompanhado por um outro padre jesuíta, Francisco Garrpe, tendo ambos o objectivo de descobrir o que realmente se passou com o seu colega e mentor Cristovão Ferreira, acusado de ter apostatado e renunciado a Igreja durante a sua longa estadia no Japão. Colocado num local onde os crentes da sua fé são perseguidos, Sebastião Rodrigues na sua demanda para encontrar respostas sobre o paradeiro do padre Ferreira, irá ver a sua fé a ser testada variadas vezes ao longo do filme, numa obra que explora a relação entre o humano e o divino, além do papel e importância que damos às organizações que tutelam a religião no nosso mundo.

Esta primeira adaptação a filme do obra literária de Shusako Endo é bastante fiel ao livro, começando a adaptação cinematográfica no momento em que Rodrigues e Garrpe chegam ao Japão. Não possuindo o filme um narrador ao longo da jornada de Sebastião Rodrigues, o conflito interno sentido por este é-nos mostrado através da fotografia do filme e dos variados planos que se focam nas expressões faciais, que transmitem de forma eficaz a angústia deste. A fotografia é um dos maiores pontos de destaque do filme, havendo grande atenção ao pormenor e as expressões dos personagens nos momentos de diálogo mais intenso, mas também dando o destaque devido aos fantásticos cenários e à beleza natural de alguns dos locais por onde os personagens passam durante o filme.

Os personagens do filme vão variando entre a utilização do inglês e o japonês. Se por um lado é excelente ver uma adaptação da obra onde se fala a língua local, por outro é sempre um bocado estranho para um português ver personagens oriundos do seus país a falar inglês em vez da sua língua materna. No entanto, este não é um motivo para descartar o filme e os seus actores, que fazem um excelente trabalho. No papel de Sebastião Rodrigues temos David Lampson, um actor praticamente desconhecido que teve neste papel o maior destaque da sua carreira. Lampson retrata bem o personagem de Rodrigues, embora na minha opinião exagere um bocado na interpretação em alguns dos momentos no filme, no entanto tem um retrato fiel do personagem do livro, evidenciando também alguma da arrogância que este demonstra ao longo da obra.

No entanto, o papel a quem dou mais destaque é o de Mako Iwamatsu, no papel do fraco e de certa forma desprezível Kichijiro. Mako Iwamatsu retrata de forma excelente a fraqueza, angústia e mesquinhez que Kichijiro demonstra no livro, no papel que na minha opinião merece mais destaque no filme. Noutros papéis, Eiji Okada como Inoue e Rokkô Toura como o “intérprete”, estão também muito fiéis aos personagens do livro, já Don Kenny, como Garrpe, não tem grande destaque nesta adaptação cinematográfica da obra. O papel mais “estranho” do filme vai para o actor que escolheram para o papel de Cristovão Ferreira, Tetsura Tamba, um actor japonês que se faz passar por português, num papel que nos momentos iniciais me distraiu um bocado da história do filme devido ao disfarce meio bizarro escolhido para a caracterização deste personagem.

Chinmoku é uma boa adaptação cinematográfica da obra de Shusako Endo, que compensa a falta de narrador com uma fotografia excelente que ajuda a transmitir de forma competente os conflitos internos sentidos pela maior parte dos personagens. É um filme intenso, cujas cenas de tortura são um pouco fortes para os espectadores mais sensíveis, mas que no entanto ajudam a credibilizar a mensagem que o filme e a obra original de Endo querem passar.

Com a nova adaptação realizada por Martin Scorcese a chegar aos cinemas, este é um filme que vale sempre a pena ver, nem que seja para servir de ponto de comparação entre uma produção japonesa e um grande filme de Hollywood sobre a mesma obra. Com a sua mensagem forte, Chinmoku é um filme que vale a pena ver e que provavelmente nos fará repensar a nossa própria relação com o divino e a religião, no entanto, aconselho toda a gente a ler primeiro o excelente livro de Shusako Endo antes da visualização de qualquer das adaptações cinematográficas da sua obra.

Escrito por: Nuno Rocha

Nova imagem para o live-action de Tokyo Ghoul

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Ainda há muita coisa no segredo dos Deuses, no entanto aos poucos vamos tendo acesso a novas informações sobre o filme de imagem real Tokyo Ghoul baseada no manga de Sui Ishida.

No twitter oficial (https://twitter.com/tkg_movie) do filme apareceu uma nova imagem onde podemos ver a actriz Fumika Shimizu como Touka Kirishima. Há uns tempos atrás conhecemos a imagem de Masataka Kubota como Ken Kaneki. Junto com os actores principais também já foram revelados que o resto do elenco: Yuu Aoi como Rize Kamishiro, Noboyuki Suzuki de EXILE como Koutarou Amon e Yo Oizumi como Kureo Mado.

O filme de Tokyo Ghoul estreará nas salas de cinema japonesa este verão.

Silence

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Depois de termos visto a versão original do filme Silêncio (ler artigo), era obrigatório vermos esta longa metragem com aproximadamente 160 minutos baseada no romance de Shusaku Endo realizada por Martin Scorsese e protagonizado por Liam Neeson, Andrew Garfield e Adam Driver como cabeças de cartaz.

Silêncio narra a vida de Padre Ferreira (Liam Neeson), um missionário que abandonou a sua crença como consequência da persecução e tortura sofrida no Japão, país onde dois jovens jesuítas (Andrew Garfield e Adam Driver, Padre Rodrigues e Padre Garupe, respectivamente) tem como missão encontrar o terceiro em desgraça. Estes homens de fé vão viver na própria pele a violência como “kakure kirishitan” (japoneses cristãos) viveram. O conceito “kakure kirishitan” surge nos anos seguintes à derrota dos camponeses japoneses – a maioria católicos – contra o xogum (chefe militar) Tokugawa Ieyasu na Rebelião de Shimabara (1637-1638).

Até então, e desde que o missionário Francisco Javier introduziu a religião no Japão em 1549, o catolicismo tinha sido – salvo raras exceções – bem recebido e prosperado principalmente em Kyushu, com Nagasaki como centro da Igreja. Por volta do final do século XVI eram mais de 300 mil os convertidos. No entanto os poderosos senhores feudais acharam que a entrada de uma religião estrangeira enfraqueceria o poder que eles tinham e foi então que cerca de 5.500 cristãos foram assassinados no arquipélago.

Em Silêncio o espectador, sem dar conta é constantemente desafiado a considerar a profundidade das suas crenças, enquanto o protagonista, Andrew Garfield (Padre Rodrigues), visa alcançar o seu objetivo durante a execução de seu trabalho como um padre entre os cristãos. O olhar superficial de alguém de fora poderia pensar que este tipo de desafio diz apenas respeito aqueles que professam a fé cristã, mas nada está mais longe da realidade. O filme foi estruturado de modo a que mesmo o mais comum dos mortais e afastado da fé consiga atingir valores universais.

Silêncio não é um filme panfletário ou dogmático. Também não tem nenhuma mensagem a favor ou contra. A narrativa permanece fora de tais possibilidades e são irrelevantes para a essência do filme. Qualquer pessoa, independentemente da crença ou que siga o culto que segue, vai encontrar uma maneira cinematográfica fascinante de viver e presenciar a experiência pessoal dos dois jesuítas durante a sua viagem fascinante.

O argumento do filme é sólido, longo e carregado de cenas e diálogos complexos, monólogos subtis de extensa narração narrando o que acontece em imagens. Martin Scorsese mede o tempo do filme perfeitamente. Dilata as cenas para nos transmitir uma sensação contínua de desconforto. Sem música enche o filme para dirigir as emoções.

O elenco do filme é também um ponto alto de Silêncio. Não só destacamos as representações dos actores principais como o papel do interprete representado por Tadanobu Asano (o actor mais conhecido para quem está familiarizado com o cinema japonês), o velho samurai Inoue interpretado por Issei Ogata ou Yousuke Kubozuka em Kichijiro, mas também todos aqueles figurantes que representaram de uma forma devota e realista toda a difícil vivência dos “kirishitan”. É sem dúvida impressionante.

Outro aspecto interessante é a inexsistência de música, opção penso que propositada do realizador para dirigir todas as emoções da longa metragem aos espectadores. Scorsese simplesmente afirma os factos e deixa que o espectador olhe, ouça e julgue atingir a catarse.

Com este “Silêncio”, Scorsese cumpre um sonho que manteve por quase 30 anos: levar ao grande ecrã a origem deste misterioso culto japonês que pode desaparecer, pois segundo as últimas estatísticas o Cristianismo no país do Sol Nascente é apenas de 1%.
Um filme obrigatório para conhecer um pouco mais de história do país do Sol Nascente.

Escrito por: Fernando Ferreira


Novo trailer de Ghost In The Shell

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A Paramount Pictures tornou público um novo teaser do live-action de Ghost in the Shell: A alma da máquina. Um novo vídeo em que se vê em acção Motoko Kusanagi (Scarlett Johansson). Este novo teaser será emitido este domingo (5 de Fevereiro) durante o intervalo do Super Bowl pois é um dos acontecimentos televisivos do ano à escala planetária. O filme é realizado por Rupert Sanders, e estreará no próximo dia 31 de Março.

Ghost in the Shell: A alma da máquina conta no elenco com Scarlett Johansson e com ela também estarão Rila Fukushima, Pilou Asbæk como Batou, Takeshi Kitano como o chefe Aramaki e Michael Pitt (Boardwalk Empire e Funny Games) como “O homem que rí”.

Ghost in the Shell: A alma da máquina, é a adaptação americana do manga de Masamune Shirow. O filme apresenta Motoko Kusanagi, uma agente especial ciborgue que lidera a chamada Section 9, uma unidade de elite de operações secretas contra o ciberterrorismo e actividades criminais na rede. A sua nova missão será enfrentar-se com um fanático hacker, cujo o único objetivo é acabar com os avanços da Hanka Robotic. Kusanagi ver-se-à numa imensa série de intrigas políticas e segredos de Estado para encontrar o misterioso criminoso informático.

Fica o trailer para verem:

Fukushū suru wa ware ni ari

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Em 1963, de 18 de Outubro a 29 de Dezembro, Akira Nishiguchi assassinou cinco pessoas entre Tokyo, Shizuoka e Fukuoka. Akira começou por cometer crimes de burla até a sua veia mais violenta despertar e partir para o homicídio de algumas das suas vítimas. Tendo sido preso após a denúncia de uma criança de onze anos, que tinha visto a sua cara num dos milhares de posters que na altura estavam espalhados por todo o Japão, Akira ganhou a alcunha de o “Medalhista de Ouro Preto” por parte da polícia japonesa da altura.

A sua personalidade, história de vida e as motivações que o levaram nesta onda de assassinatos foram analisadas pelo escritor Ryūzō Saki na sua obra 復讐するは我にあり(Fukushū suru wa ware ni ari), que em 1979 foi adaptada ao filme do mesmo nome realizado por Shōhei Imamura, filme este ao qual este texto se dedica.

No filme, o nome do serial killer no qual este se baseia foi mudado para Iwao Enokizu, cujo papel é interpretado por Ken Ogata. Não tendo o filme uma linha temporal contínua, somos levados numa viagem quase documental que vai saltando durante várias épocas fulcrais da vida de Iwao.

A sua infância, os problemas que sempre teve com figuras de autoridade, os vários relacionamentos com mulheres que teve ao longo da vida, a sua peculiar relação com os membros mais próximos da sua família e a evolução da gravidade dos seus crimes ao longo da sua vida, são todos alvos de análise ao longo das quase duas horas e meia de filme. Iwao é retratado como um verdadeiro sociopata, não parecendo sentir grande empatia por aqueles que o rodeiam, nem sentido qualquer remorso pelos crimes que comete.

Ao longo do filme é-nos dada não só a visão da vida de Iwao pelos olhos do mesmo, mas também pelos testemunhos das pessoas que lhe seriam mais próximas, através das entrevistas levadas a cabo pelos polícias que andavam no seu encalce. De todos este relatos, o filme foca-se mais na relação com a sua primeira esposa e os seus pais, sendo a relação com o seu pai e a vida deste também alvo de análise ao longo do filme, de modo a determinar que tipo de influência é que este possa ter tido na vida do seu filho.

Os setenta e oito dias da fuga de Iwao às autoridades são retratados de forma fria e objectiva. Não há espaço para sentimentalismos ou para tentar humanizar mais ou menos certos personagens. O filme analisa o personagem principal como ele era, um homem mais motivado por impulsos momentâneos do que propriamente por uma lógica que nos faça entender a crueldade dos seus actos.

Ken Ogata é fantástico, roubando o protagonismo do filme quase todo para si. É intenso, assustador, depravado e intimidante, num dos melhores papéis da sua carreira que lhe valeu o prémio de melhor actor no Festival de Cinema de Yokohama. Rentarō Mikuni, que interpreta o papel do pai de Iwao no filme, tem também uma presenta forte no filme, parecendo ser o único personagem que tem a capacidade de intimidar o seu filho sociopata.

Mitsuko Baisho destaca-se como a esposa de Iwao, interpretando um personagem cuja relação com o seu marido e com o pai deste é conturbada. Mayumi Ogawa, no papel de Haru Asano e Nijiko Kiyokawa, no papel de mãe desta, destacam-se como as donas de uma estalagem modesta onde Iwao se refugia, fazendo-se passar por professor universitário enquanto anda fugido da polícia.

Fukushū suru wa ware ni ari é não só um retrato muito interessante e até certo ponto assustador da vida deste sociopata, como também põe a nu alguns dos elementos mais decadentes da sociedade japonesa, apresentando-nos um leque de personagens que estão longe de ser inocentes, tendo cada uma deles as suas próprias motivações perversas para atingirem o que desejam na vida, apresentando um retrato cruel das pessoas que rodearam Iwao ao longo da sua vida.

Com a forma excelente e realista que o realizador arranjou para contar a história, Fukushū suru wa ware ni ari é um excelente filme, uma das grandes obras do cinema japonês, tendo ganho justamente o “Oscar” de melhor filme japonês em 1979 nos prémios da Academia Japonesa.

Escrito por: Nuno Rocha

Morreu o realizador Seijiun Suzuki

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O realizador japonês Seijun Suzuki ((鈴木清順) morreu num hospital de Tóquio após uma batalha contra uma doença pulmonar obstrutiva crónica, que afecta os pulmões. Tinha 93 anos.

A sua morte foi anunciada pelo estúdio Nikkatsu que o despediu em 1967, depois de 12 anos e 40 filmes, mas o estilo experimental Suzuki, fluxo narrativo não convencional e toques de comédia eram demais para os chefes de estúdio. Suzuki processou por demissão injusta e viu-se evitado pela indústria e incapaz de dirigir por uma década.

Seijun Suzuki estreou-se como realizador com o filme Harvest Toast: Victory Is In Our Grasp em 1956 e desde então ele continuou a influenciar fãs e cineastas em todo o mundo com filmes como Tokyo Drifter, Branded to Kill e Zigeunerweisn. Na declaração de condolências, a Nikkatsu escreve: “Nós expressamos aqui as nossas mais profundas condolências, profunda gratidão e respeito pelo seu trabalho ao longo da vida.”

Suzuki passou a encontrar trabalho como actor e celebridade de televisão no Japão, antes de ganhar reconhecimento internacional mais tarde como realizador, com Quentin Tarantino, Jim Jarmusch, Wong Kar-wai e Takeshi Kitano saudando seu génio criativo e influência.

Zigeunerweisen foi exibido no festival de cinema de Berlim em 1980, depois de ter promovido o filme no Japão usando uma tenda de cinema inefável em todo o país para permitir que o público o visse. Mais tarde foi eleito o melhor filme da década por críticos de cinema no Japão.

O seu último filme foi Princesa Raccoon em 2005.

Jojo Bizarre Adventure vai ter live-action

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Parace que é mesmo verdade, já anda a circular na internet o primeiro teaser-trailer para o filme live-action JoJo’s Bizarre Adventure e que vai ser realizado por Takashi Miike (Ichi The Killer), quem mais poderia ser????

Este trailer que está um pouco “dark” para o que se conhece da série, mas ao mesmo tempo sente-se sem qualquer dúvida o toque do grande mestre Miike que acreditamos que consiga manter o espírito do manga nesta obra.

O filme está previsto para Agosto deste ano e promete ser um dos grandes sucessos de bilheteira no Japão.

Filmes Japoneses na MONSTRA 2017

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Este ano o Monstra, Festival Intenacional de Cinema de Animação tem uma presença japonesa um pouco menor que em anos anteriores, onde nos brindou com uma forte presença de filmes dos Estúdios Ghibli e não só. Em 2017 serão poucos, mas bons, e com o lançamento de uma manga.

 

O Hino do Coração | The Anthem of the Heart
Tatsuyuki Nagai | Japão | 2015 | 115’

Depois da sua família se ter separado devido às suas palavras inconscientes, um misterioso “ovo fada” apareceu junto da pequena Jun Naruse. Este assegurou-lhe de que a única forma de nunca mais magoar ninguém seria calar-se para sempre. Desde então, Jun sente uma dor de barriga intensa sempre que tenta falar e depende do e-mail e mensagens telefónicas para comunicar. Até ao dia em que o seu tutor a inclui num grupo de trabalho que está a preparar um musical, onde colabora com Takumi Sakagami, um jovem que nunca fala acerca dos seus sentimentos. O grupo inclui ainda Natsuki Nito , uma aluna exemplar preocupada com a sua vida amorosa e Daiki Tasaki, uma estrela de basebol forçada a reformar-se por causa de uma lesão…

Cinema São Jorge |  Sala Manoel Oliveira | Terça-Feira | 21 de março | 22h00  (VO / leg. pt, en)
Cinema Ideal | Sábado | 25 de março | 22h00 (VO / leg. pt, en)

 

Ghost in the Shell: O Novo Filme | Ghost in the Shell: The New Movie
Kazuchika Kise | Japão | 2015 | 100’

Passado num Japão futurista após o final de uma enorme guerra mundial. A ciência evoluiu significativamente, o que proporcionou à humanidade a escolha de prolongar a vida e reduzir o sofrimento através do uso de cibernética sofisticada. Com toda a humanidade conectada a um sistema de mentes e personalidades intitulado “Ghosts”, a maior ameaça civilizacional é o ciberterrorismo, capaz de se apoderar dos corpos e mentes dos indivíduos. Quando um vírus chamado “Fire-Starter” começa a propagar-se pelo sistema e a infetar “Ghosts”, culminando no assassinato do Primeiro Ministro Japonês, Motoko Kusanagi e a sua equipa de operações especiais é chamada para descobrir a fonte.
©Shirow Masamune・Production I.G/KODANSHA・GHOST IN THE SHELL: THE MOVIE COMMITTEE. All Rights Reserved.

Cinema São Jorge | Sala Manoel de Oliveira | Sábado | 18 de março | 22h00 (VO/Leg.pt,en)
Cinema Ideal | Quinta-Feira | 23 de março | 22h00 (VO/Leg.pt,en)

 

A Tartaruga Vermelha | The Red Turtle
Michaël Dudok de Wit | França, Bélgica, Japão | 2016 | 80’

Através da história de um homem naufragado numa ilha tropical habitada por tartarugas, caranguejos e pássaros, o filme “A Tartaruga Vermelha” relata os principais marcos na vida de um ser humano.

Cinema São Jorge |  Sala Manoel de Oliveira | Sábado | 18 de março | 20h (sem diálogos)

O Vómito de Verão é Delícia do Inverno | Summer’s Puke is Winter’s Delight
Sawako Kabuki | Japão | 2016 | 3′
em Competição Curtas 1

Curta-metragem japonesa de Sawako Kabuki sobre eventos dolorosos que se tornam memórias com o tempo. Ainda assim, vomitamos e voltamos a comer. A vida é ecológica

Cinema Ideal | Segunda-Feira | 20 de março | 22h00| 86’ (VO, leg pt,en)

“Parade” de Satie | Satie’s “Parade”
Koji Yamamura | Japão | 2016 | 14′
em Competição Curtas 5

Amálgama de citações com a música “Parade”, da autoria do compositor Erik Satie. Recriação animada de  imagens realistas de ballet que se elevam para lá da realidade.

Cinema São Jorge | Sala 3 | Sexta-Feira | 24 de março | 20h15 | 78’ (VO / leg. pt,en)

 

Olha Apenas para Mim | Look at Me Only
Tomoki Misato | Japão | 2016 | 8′
em Competição Estudantes 1

Depois de esquecer o entusiasmo do início da relação com a namorada, o personagem vagueia com o seu porquinho da Índia. Um dia, conhece uma flor.

Cinema São Jorge | Sala Manoel de Oliveira | Terça-Feira | 21 de março | 18h | 84’ (VO / leg. pt,en)

 

Memórias em Primeira Mão | First Hand Memories
Haruka Umemura | Japão | 2016 | 5′
em Competição Estudantes 2

Nesta curta-metragem de Haruka Umemura, uma rapariga olha para o mundo que a rodeia através de um rolo de papel higiénico.

Cinema São Jorge | Sala Manoel de Oliveira | Quarta-Feira | 22 de março | 18h | 84’ (VO, leg pt,en)

 

Dormitar no Dia do Juízo Final | Dozing on Doomsday
Kaori Ryo | Japão | 2016 | 10′
em Competição Estudantes 3

Se o mundo acabasse amanhã, o que desejaríamos para o nosso último dia? Um feixe de luz abraça uma mulher e um homem e o mundo fecha gentilmente os olhos.

Cinema São Jorge | Sala Manoel de Oliveira | Quinta-Feira | 23 de março | 18h00 | 83’ (VO / leg. pt,en)

 

Saigo
TOCHKA | Japan | 2015 | 2′

Quem está aí? | Who’s There?
Kojiro Inoue | Japão | 2016 | 1’25

em Curtíssimas
Cinema São Jorge |  Sala 3 | Sábado | 25 de março | 16h00 | 84’ (VO, leg. pt, en)

 

Master Blaster
Sawako Kabuki | Japão | 2014 | 4′

Futon
Yoriko Mizushiri | Japão | 2012 | 6′

em Monstra Triple X
Cinema Ideal | Sábado | 18 de março | 22h00 | 81’ (VO/Leg.pt,en)

 

O Olho do Ciclone | The Eye of the Storm
Masanobu Hiraoka | França, Japão | 2015 | 5′

em Terroranim
Cinema Ideal | Domingo | 19 de março | 22h00  (VO / leg. pt)

 

Lançamento ONE – PUNCH MAN Vol.1
Argumento: ONE | Desenho: YUSUKE MURATA

Cinema São Jorge |  Sala 2  | Domingo | 19 de março | 18h30

 

Para mais informações: MONSTRA | Lisbon Animated Film Festival | site do Festival MONSTRA

Dois novos live-actions a estrear este ano

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Este ano de 2017 promete ser um bom ano para as adaptações live-action de algumas boas séries de anime.
Provavelmente para muitos já não é bem uma novidade mas um desses live-actions será Fullmetal Alchemist e já tem data marcada de estreia para 1 de Dezembro deste ano (2017). No site oficial do filme já é possível ver-se uma imagem promocional de Alphonse Elric em 3D.

O realizador do filme é Fumihiko Sori e no elenco de actores estão Ryosuke Yamada como Edward Elric, Tsubasa Honda como Winry Rockbell e Dean Fujioka como Roy Mustang. Da restante lista de actores também destacamos: Fumiyo Kohinata como General Hakuro, Ryuta Sato como Maes Hughes, Misako Renbutsu como Riza Hawkeye, Jun Kunimura como Doctor Marco e Kenjiro Ishimaru como Padre Cornello.

O manga da autoria de Arakawa foi publicado entre 2001 a 2010 nas páginas de revista mensal Monthly Shonen Gangan da Square Enix.

O segundo live-action é a adpatação do manga Boku dake ga Inai Machi de Kei Sanbe pelo serviço de streaming Netflix e que terá a sua aparição no próximo inverno em mais de 190 países (por isso Portugal estará na lista). Os actores principais da série são: Reo Uchikawa como Satoru Fujinuma, Mio Yuki como Airi Katagiri e Rinka Kakihara como Kayo Hinazuki.

Ten Shimoyama será o realizador da série e Tomomi Okubo o responsável pelos guiões. A produção fica a cargo da Cocoon e Kansai TV. A série será filmada em 4K em Tomakomai (Hokkaido), na cidade real que inspirou o manga original.

Sanbe publicou o manga na revista Young Ace da Kadokawa em 2012 e terminou no final de Março de 2016 com oito volumes. Em Janeiro de 2016 a obra foi adaptada para anime, e dois meses mais tarde estreia um filme de imagem real.

Morreu o actor Tsunehiko Watase

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É mais um grande nome da cultura japonesa que nos deixa, Tsunehiko Watase faleceu ontem (14 de Março) no hospital após doença prolongada. Tinha 72 anos de idade.

Tsunehiko Watase (渡瀬恒彦) começou a sua carreira de actor em 1971 com o filme Sympathy for the Underdog (博徒外人部隊 – Bakuto-Gaijin Butai), um filme de yakuza realizado e escrito por Kinji Fukasaku (Battle Royale).

Em 1978 ganha o prémio de melhor actor secundário na segunda edição do Japan Academy Prize com o filme The Incident (事件 – Jinken) e em 1980, participa em Virus (復活の日 – Fukkatsu no hi), mais um filme realizado por Kinji Fukasaku com uma temática de ficção-científica pós-apocaliptica. Este talvez tenha sido o filme que o levou mais para a ribalta da sétima arte por ter contracenado com alguns actores ocidentais.

O seu último filme foi Tsurikichi Sanpei (2009), no entanto, apesar de ter deixado o cinema a sua carreira de actor continuava bastante activa em dorama (as famosas “telenovelas” japonesas) em especial na série Keishicho Sosa Ikka 9 Gakari (警視庁捜査一課9係) que estreou em 2006 e que já vai na sua décima primeira temporada.

O actor foi casado com a actriz Reiko Ohara (大原 麗子) falecida em 2009 e era irmão mais novo de outro grande actor, Tetsuya Wataru.


Samurai Gourmet na Netflix

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Estreou no passado dia 17 de Março (sexta-feira) mais uma série live-action no canal Netflix. Samurai Gourmet é baseada no “novel” de Masayuki Kusumi e no manga com o mesmo nome.

Samurai Gourmet conta-nos as aventuras do reformado Takeshi Kasumi, que aprende a desfrutar da sua liberdade com a ajuda do seu alter ego samurai. Takeshi redescobre a sua paixão pela comida e pela vida, canalizando a energia do seu guerreiro interior e comendo o que mais gosta.

Do elenco fazem parte: Naoto Takenaka (Taiyo no uta, Tenshin e Kamen Rider 1 Go), Tetsuji Tamayama (Hyakuju Sentai Gaorenja, Casshern e Goemon) , Honami Suzuki (Hero Interview, Ai to heisei no iro – Otoko r Purachina dêta).

O tema musical final desta série é cantado por Naoto Takenaka, com música de Kiji Tamaki, da banda de rock Anzen Chitai.

Encontrada a carta na Biblioteca Geral da UC que inspirou o livro/filme “Silêncio”

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Foi encontrada uma carta escrita pelo padre jesuíta português Cristovão Ferreira entre o espólio da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra.

Para quem não sabe quem foi Cristóvão Ferreira, basta ver o recente filme “Silêncio”, de Martin Scorsese, relatando os dramas da perseguição religiosa contra os cristãos no Japão do século XVII.

Esta missiva trata-se de uma “ânua” (nome dado aos relatórios anuais dos trabalhos que os padres jesuítas faziam nas missões fora de Portugal). Foi escrita pela própria mão de Cristóvão Ferreira em 1618 no Japão, ano em que já estavam em vigor os decretos que proibiam a prática da religião cristã. Na carta também se pode ler várias histórias de perseguições e conversões no país do Sol Nascente.

Deixamos o vídeo com os comentários de António Maia do Amaral, director-adjunto da Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra onde podemos ver a “famosa e rara” carta.

Trailer do live-action de Kokoro ga Sakebitagatterun Da

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O site oficial da adaptação de imagem real do filme de animação Kokoro ga Sakebitagatterun Da. (心が叫びたがってるんだ。, lit. O coração quer gritar) colocou esta quarta-feira um pequeno trailer promocional.

O filme Kokosake terá a sua estreia nos cinemas japoneses a 22 de Julho e Naoto Kumazawa (live-action de Kimi ni Todoke, Kin Kyori Renai) é o realizador. O filme começou a ser rodadono inicio do mês de Março na cidade de Chichibu, onde se desenrola a historia do filme.

Este live-action adapta o anime de Kokoro ga Sakebitagatterunda, filme produzido e animado pela A-1 Pictures em 2015 e que tem um argumento completamente original escrita pela argumentista Mari Okada e realizada por Tatsuyuki Nagai.

A história de Kokosake centra-se numa menina chamada Jun que quer soltar seus verdadeiros sentimentos, mas sempre por magoar as pessoas com suas palavras. Um dia, ela encontra uma fada que diz que a poderá ajudar com seu problema. Jun aceita o acordo, e a fada tira-lhe as palavras, para que nunca mais consiga falar e magoar novamente as pessoas com suas palavras. Mas a vida de Jun muda, quando ela vai para o liceu, onde descobre o poder da música e da amizade.

Fica o trailer para verem:

Blame! tem novo trailer

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O site oficial da nova adaptação cinematográfica animada do manga Blame! de Tsutomu Nihei colocou online um novo trailer com mais de 1 minuto e meio onde podemos ficar a conhecer “calling you“ de angela, o principal tema musical.

O elenco também já foi anunciado e deixamo-lo aqui:

Takahiro Sakurai como Killy
Kana Hanazawa como Cibo
Sora Amamiya como Zuru
Kazuhiro Yamaji como Pop
Mamoru Miyano como Sutezo
Aya Suzaki como Tae
Nobunaga Shimazaki como Fusata
Yuki Kaji como Atsuji
Aki Toyosaki como The Authority
Saori Hayami como Sanakan

Hiroyuki Seshita (Ajin) será o realizador e terá como braço direito a POLYGON PICTURES. Seshita já co-realizou Sidonia no Kishi (Kights of Sidonia) outra adaptação de outro manga de Nihei também com o mesmo estúdio. A supervisão do CGI será de Tadahiro Yoshihira e o guião de Sadayuki Murai. A direcção de fotografia ficou a cargo de Mitsunori Kataama e o “chara design” para Yuki Moriyama.

É a primeira série manga lançada por Nihei em 1997 e foi inicialmente editada nas páginas da Monthly Afternoonde Kodansha. A série terminou em 2003. Blame! estreará nos cinemas japoneses a 20 de Maio, onde permanecerá em cartaz durante duas semanas. Nesse mesmo dia será distribuído para todo o mundo via Netflix.

Os nomeados do 48º Prémio Seiun

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Na edição número 56 da Nihon SF Taikai, o evento anual dedicado à ciência cientifica, foi anunciado a lista dos nomeados para o 48º Prémio Seiun (星雲賞). Os nomeados das categorias multimédia e de manga são:

Categoría Multimedia
– Shin Godzilla (filme imagem real)
– Kimi no na wa. (animação)
– Kotetsujo no Kabaneri (amimação)
– Rogue One: Star Wars (filme imagem real)
– Concrete Revolution (animação)
– Zegapain ADP (animação)
– Look Who’s Back (filme)
– Kuromukuro (animação)

Categoría Manga
– Kochira Katsushika-ku Kamearikouen-mae Hashusujou, de Osamu Akimoto
– Dainana Jyoshikai Houkou, de Tsubana
– Spirit Circle, de Satoshi Mizukami
– Wombs, de Yumiko Shirai
– Boku Dake ga Inai Machi, de Kei Sanbe
-Natsu ni Sekirannun Made, de manga de Izumi Takemoto

Na categoría de Arte foram nomeados Naoyuki Kato (desenho de “mechas” em The Legend of the Galactic Heroes) e Nozomu Tamaki (em Dance in the Vampire Bund).

Os vencedores serão conhecidos e os prémios entregues no final do mês de Julho.

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