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Fãs criam live action de Akira

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Há mais de uma década que se fala na possibilidade de se fazer uma adaptação live-action do clássico AKira, de Katsuhiro Otomo. Uma dessas tentativas que terminou gorada foi a da Warner Bros trazer uma adaptação.

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No entanto, em 2012 um grupo de fãs decidiu por mãos à obra e criar o Akira Project ( www.akira-project.com ), um projeto financiado através de uma plataforma de crowfunding para trazer à luz do dia o eterno clássico. Recentemente foi colocado online um trailer de 6 minutos com os primeiros frutos deste sonho acalentado comunidade “otaku” mundial.

O resultado é este:


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Primeiros trailers para Appleseed Alpha e Kikaider Reboot

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O site IGN publicou o primeiro trailer de Appleseed Alpha, um filme em computação gráfica inspirado no manga criado por Masamune Shirow autor de Ghost In The Shell. O site também anunciou que o filme será lançado em Blu-ray e DVD no dia 22 de Julho, uma semana após o seu lançamento digital.

Shinji Aramaki está de volta ao cargo de realizador após os dois outros filmes da série. Joseph Chou está a produzir o filme na Sony Pictures e nos estúdios japoneses Lucent Pictures.

Este novo filme da série será um “reboot” e mostra-nos os primeiros dias de Deunan e Briareos em busca da lendária cidade de Olympus.


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Também como novidade temos o teaser do Reboot de um dos Metal Heroes, Kikaider Reboot divulgado esta semana pelos estúdios da TOEI, uma das maiores empresas ligadas ao universo do tokusatsu.

Realizado por Ten Shimoyama e com argumento de Kento Shimoyama, o “reboot” de Kikaider será lançado no Japão na próxima semana a 24 de Maio.


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Fonte: ANN

Reiko Ike

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Ficou famosa pela sua participação em vários filmes de conteúdo erótico-violento, os chamados (pinku eiga) e também pela sua vida privada escandalosa para a altura onde foi detida por várias vezes por posse de drogas e jogo ilegal.

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Actriz e cantora nascida na capital japonesa a 25 de Maio de 1953, Reiko Ike começou a sua carreira cinematográfica muito cedo. Consta que em 1969, com 16 anos oculta a sua idade como reconheceu anos mais tarde para participar no seu primeiro filme Hot Springs Mimizu Geisha (1971), filme este com alto conteúdo erótico e que pertencia a uma saga dos Estúdios TOEI intitulada“Toei’s Hot Springs Geisha series”.

A controvérsia criada à volta da verdadeira idade de Ike na sua primeira longa metragem, fez desta um dos mais rentáveis filmes para a produtora na década de 70. Todo este escándalo sería o prelúdio em que se convertiria a vida de Ike, tanto a nível laboral como pessoal.

Um ano depois, em 1971, roda o seu terceiro filme Modern Porno Tale: Inherited Sex Mania realizado por Norifumi Suzuki, tornando o escândalo da sua vida ainda maior. Neste filme, Reiko têm várias cenas explicitas de sexo com a actriz francesa Sandra Julien que faz com que o filme seja censurado e mais tarde severamente cortado para a sua estreia. Aproveitando toda esta polémica mediática que o filme gerou Reiko dedide gravar Koukotsu No Sekai, um dos quatro albuns da sua carreira como cantora.

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Para abrandar a comunicação social japonesa, Reiko reconsidera a sua carreira e decide não fazer filmes tão explícitos, é então nesta altura que participa num conjunto de 5 filmes da TOEI que mais tarde veio a converter-se numa saga de 7 filmes, criando um sub-género de culto dos filmes “pinku eiga”, o “delinquent schoolgirl”. Nos anos 1972-73 também participa em quatro filmes da saga ”Toei’s Terror Female High School”.

É também nesta altura que Reiko é galardoada com 2 prémios, o The 9th Golden Arrow Award e o Elan d’Or Award Newcomer Japan Motion Picture and Television Production Association Newcomer Award.

À medida que o tempo passa, Reiko começa a pensar que será uma boa altura para mudar de registo e participa em filmes como Battles Without Honor & Humanity (1973), The Streetfighter’s Last Revenge (1974), Graveyard of Honor (1975)”, o Cops vs. Thugs (1975). A última aparição de Reiko no grande ecrã é no filme The Golden Dog – Ôgon no inu (1979), depois disto decide finalmente afastar-se da ribalta cinematográfica.

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Mas a sua carreira como actriz não acaba aqui. Apesar de ter abandonado o cinema, Reiko continua a representar para o pequeno ecrã e participa em vários dorama até ao ínicio dos anos 80.

Apesar de ter exclusivamente participado em filmes na década de 70, o Japão e o resto do mundo elegeu Reiko com o título de ícone sexual ao lado de Miki Sugimoto (com quem teria uma grande rivalidade), a raínha do género “pinku” da década de 70.

Escrito por: Fernando Ferreira

Gkids adquire direitos do documentário sobre o Studio Ghibli

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A distribuidora americana GKids adquiriu os direitos para lançar o documentário Studio Ghibli – Kingdom of Dreams and Madness (em japonês, Yume to Kyoki no Okoku) nos Estados Unidos e Canadá. A GKids assinou o acordo com o Studio Ghibli no Annecy Animation Film Festival antes de exibição do filme ontem (quinta-feira).

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O premiado Mami Sunada (Ending Note: Death of a Japanese Salaryman) realizou o documentário. Este filme mostra-nos o trabalho do director do Studio Ghibli Hayao Miyazaki a trabalhar no filme Kaze Tachinu (The Wind Rises), o trabalho também de Isao Takahata no filme Kaguya-hime não Monogatari (The Tale of Princess Kaguya), e ainda Toshio Suzuki que trabalhou em ambos os projectos.

O documentário estreou nos cinemas japoneses no outono passado, por isso, esperemos que veja o formato DVD para breve.

Fonte: ANN

Compreendendo Takashi Miike

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Regresso com um artigo de Cinema, desta vez um resumo de um trabalho realizado para uma das minhas cadeiras de Cinema. O objectivo deste artigo é dar a conhecer ao leitor um pouco mais dos processos que nos fazem viver o Cinema de forma tão intensa ao mesmo tempo que tentará ajuda o espectador dos filmes de Takashi Miike a compreender um pouco mais sobre o seu trabalho. Espero que gostem.

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Plantinga e as Emoções

Que tipo de Emoções tem o espectador de Cinema? Que processos mentais do espectador levam ao desenrolar de Emoções “Cinematográficas”? Porque sente ele qualquer tipo de Emoção, se sabe que aquelas imagens são apenas fictícias? E finalmente, porque existe um consumo tão grande de filmes que provocam Emoções de Desprazer? Estas são algumas das perguntas que o Filósofo Carl Plantinga pretende estudar no seu artigo Emotion and Affect.

Durante a visualização de filmes, o espectador sofre então aquilo que alguns teóricos chamam de Paradoxo da Ficção, ou seja, sentem emoções reais perante objectos ficcionais. Segundo Plantinga, estes objectos podem ser Personagens, a Narrativa, o Filme como um todo e até mesmo as recordações e reacções de outros espectadores. Estes dois últimos integram-se nas Meta-Emoções, emoções provenientes de recordações nossas ou de outras pessoas que são despertadas através das imagens cinematográficas. Por exemplo, perante a morte de um personagem, não choramos a morte deste mas a de alguém que conhecemos, recordada através desse personagem.

Estas Emoções são geradas através de vários estratagemas, normalmente ligados directamente a géneros cinematográficos. Estes estratagemas (funcionando como uma espécie de pistas que originam um Humor e levam a uma Emoção) podem ser, entre outros, a voz dos actores, a história das personagens, a Mise-en-Scène, o movimento de câmara, a escala de planos, a montagem, o som e a música (ambos directamente ligados ao nosso psicológico inconsciente especialmente sendo que o nosso ritmo cardíaco tende a alinhar-se com o ritmo da música criando desde o alívio à ansiedade).

Embora referido brevemente por Plantinga, é necessário notar que para além destes estratagemas, os Neurónios-Espelho são igualmente importantes para compreender as reacções dos espectadores. Estes Neurónios, fundamentais à vida Humana, são responsáveis pelo reconhecimento de Emoções e Sentimentos no Outro (sentimo-nos tristes quando o Outro se sente triste, por exemplo). Essencialmente, os neurónios activos quando nos rimos, por exemplo, mostram actividade quando vemos o Outro rir. São portanto estes mesmos Neurónios responsáveis por nos ligarmos emocionalmente aos personagens, uma vez que, o cérebro reage às imagens Cinematográficas como se estas fossem reais.

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A Verdade Por Detrás de Takashi Miike

Com 80 filmes realizados até à conclusão deste trabalho, Takashi Miike é o realizador do Novo Cinema Japonês com mais filmes realizados, ao mesmo tempo que se torna um dos mais conhecidos e igualmente um dos mais polémicos. Miike constitui então um dos realizadores da actualidade que mais puxa pelas emoções dos espectadores, criando uma Filmografia que nos leva desde a realidade insuportável à inocência da infância dos quais Ichi the Killer (2001) e The Great Yokai War (2005) são exemplos paradigmáticos.

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Ichi the Killer (Koroshiya 1) leva-nos ao lado negro de Shinjuku onde Kakihara (Tadanobu Asano), um gangster conhecido pelo seu sadismo, investiga o desaparecimento do seu Chefe ao mesmo tempo que se prepara para a visita de Ichi (Nao Omori), um assassino com uma personalidade psicótica, conhecido por esquartejar as suas vítimas e deixar o local do crime repleto de tripas. Este é sem dúvida o filme com mais violência e gore na Filmografia de Miike, repleto de torturas e sadismo, tenderia a fazer o espectador desejar nunca ter visto Ichi the Killer. Então, porque isto não acontece?

Um dos aspectos que caracterizam a violência dos filmes de Miike é o facto de esta possuir sempre um contexto e uma justificação. Embora inicialmente possa parecer ao espectador que se trata de violência gratuita, um olhar atento perceberá que as personagens principais do filme, Ichi e Kakihara, são na verdade viciados em violência. Ichi manipulado para conhecer nada a não ser dor e Kakihara mal tratado pelo Chefe (eventualmente causador das suas cicatrizes e mutilações) até ao ponto de obter prazer através da dor que lhe causam e que ele causa aos outros.

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Por outro lado, é visível que neste filme não interessa o que nos é mostrado mas a forma como Miike nos mostra determinados eventos, procurando determinadas reacções (sejam elas rir ou temer) no espectador, provocando-o, à semelhança de Alfred Hitchcock. Se repararmos bem, as cenas de violência mais realísticas não são mostradas (as violações nunca são explicitas, por exemplo) obrigando o espectador a amedrontar-se com a sua própria imaginação.

Quanto às cenas que poderiam suscitar reacções mais negativas, estas possuem um ambiente surrealista e até mesmo cómico ou ridículo (característica de Miike) devido especialmente ao exagero de efeitos especiais (o sangue exagerado quando Ichi corta membros das vítimas, por exemplo) e da actuação de alguns actores (interpretações normalmente mais leves e um pouco cómicas como, por exemplo, quando Suzuki é torturado por Kakihara), fazendo o espectador sair do ambiente do filme e perceber que este é apenas ficção (tornando as imagens mais toleráveis e até divertidas ao mesmo tempo que desliga qualquer Ideologia favorável à violência).

Este diálogo pretende ainda fazer o espectador pensar sobre a sua própria forma de lidar com a violência. Por exemplo, nas cenas finais quando Ichi e Kakihara se preparam para o duelo final mas acabam por ser interrompidos, o mais comum é o espectador sentir-se frustrado e ansioso pelo duelo. Miike prova ao espectador que este deseja ver violência nos filmes (razão pela qual assiste às suas obras) embora a renegue na vida real.

Finalmente, é importante notar que para Takashi Miike a escolha dos actores nunca é aleatória, procurando sempre o artista que mais se enquadra naquele tipo de papel. Se em vez de Susumu Terajima no papel de Suzuki ou se em vez de Tadanobu Asano como Kakihara tivéssemos outros actores, o resultado teria sido completamente diferente e o filme seria diferente .

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The Great Yokai War (Yokai Daisenso) guia-nos por um Mundo perto do Apocalipse conforme Kato e Agi (dois Yokais, espíritos) se revoltam contra os Humanos, sendo que a única esperança reside em Tadashi Ino (Ryunosuke Kamiki), um rapaz tímido escolhido como o novo “Kirin Rider”. Esta narrativa relativamente simples traz um lado mais sensível de Miike que o espectador desconhecia, tornando-se uma obra que pode eventualmente ser vista por crianças (possuindo um PG-13 no Japão).

Baseado nas criaturas míticas japonesas conhecidas como Yokai, espíritos, The Great Yokai War transforma o gore já comum nos filmes de Miike em pura Fantasia. As cenas com excesso de sangue e tripas é alterado para um excesso na caracterização das personagens, tornando-as únicas. No entanto, o factor horror continua presente especialmente nas criaturas criadas por Kato e Agi, seres de metal (mistura entre os Yokai e ferro-velho) que atacam as cidades e outros Yokai.

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A pouca violência que nos é mostrada é, à semelhança de Ichi the Killer, justificada sendo que temos os vilões (Kato e Agi) cujos procuram vingar-se dos maus-tratos do Homens e as batalhas com Tadashi, cujo luta para defender os Humanos e os seus amigos.

No entanto, algo que se mantém similar nos dois filmes é o facto de Miike procurar fazer o espectador sair do ambiente cinematográfico para o Mundo real através de cenas cómicas e quase ridículas. No caso de The Great Yokai War temos, por exemplo, a cena em que um dos Yokai mais velhos olha para a câmara e afirma que a sua viagem está a ser demasiado lenta, quebrando o ambiente do filme e confrontando o espectador com o facto de aquilo ser apenas ficção. Alguns momentos depois, o mesmo sucede quando a imagem pára e um aviso de “não tentem isto em casa, crianças” aparece.

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De certa forma, Ichi The Killer mostra-nos uma versão mais real da vida de um gangster, levando as pessoas a ficarem chocadas por estarem habituadas aos filmes mais glamorosos. Miike faz-nos compreender, de certa forma, a crueldade da vida real. Mais do que isso, para Miike, eventualmente, não existe grande esperança para o Ser Humano, algo que apenas é mostrado através da Fantasia, com The Great Yokai War, exactamente por esta ser inalcançável.

Enquanto o primeiro filme nos faz olhar para o lado e repensar os nossos próprios conceitos de violência, o nosso desejo escondido de ver mais sangue e mais mortes (talvez razão pela qual o filme foi criado de modo a não haver necessariamente identificação com as personagens, tornando o choque de nos apercebermos que afinal em certa medida não somos tão diferentes dos personagens mais eficaz), The Great Yokai War traz-nos a um Mundo mais iluminado onde vemos um rapaz tímido tornar-se no grande salvador da Terra (razão pela qual o espectador tende a identificar-se com alguma das personagens que fazem parte do grupo de Tadashi), uma obra que nos fala de coragem enquanto Ichi The Killer nos fala de degradação.

O espectador vê estes filmes não necessariamente pela mensagem ou pelo desejo de violência (embora Miike já tenha provado que inconscientemente ele reside em todos os espectadores) mas pela curiosidade de saber o que irá o autor fazer a seguir, de que forma nos surpreenderá. Este espectador, no entanto, torna-se cada vez mais num espectador específico que, ao contrário do espectador comum, conhece bem o trabalho de Miike e é capaz de compreender as mensagens por detrás das suas imagens aparentemente sem significado.

Por exemplo, Ichi the Killer fala-nos de adultos perdidos sem aspirações e The Great Yokai War embora nos fale de coragem mostra também de que forma é quase inevitável que os adultos se tornem perdidos e sem aspirações, nomeadamente quando Tadashi não só não vê Sunekosuri (seu grande amigo de infância) como parece ter esquecido as lições ensinadas outrora sobre tolerância e amor ao outro (a criança que eventualmente se torna num dos assassinos de Ichi the Killer). Concluindo, parece que depois de compreendermos bem a obra de Takashi Miike percebemos que embora aparentemente diferentes, estas duas obras têm pontos em comum.

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Bibliografia Recomendada:

  • Livingstone, Paisley & Plantinga, Carl. The Routledge Companion to Philosophy and Film. Routledge, Estados Unidos da América, 2009. (ISBN: 978-0415493949)
  • Mes, Tom & Sharp, Jasper. The Midnight Eye Guide to New Japanese Film. Stone Bridge Press, Estados Unidos da América, 2004. (ISBN: 978-1880656891)

Escrito por: Ângela Costa

Hirokazu Kore-eda está de volta

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Umimachi Diary

Finalmente temos notícias sobre a nova obra de Hirokazu Kore-eda (realizador de Maboroshi no Hikari, Daremo Shiranai e mais recentemente Soshite Chichi ni Naru, que alguns de vocês são capazes de ter visto nas salas de cinema portuguesas). Umimachi Diary (Diário da Cidade Mar) irá estrear no Japão no Verão do próximo ano e será baseado num manga com o mesmo nome, criado por Akimi Yoshida e publicado em 2006. O manga conta com dois prémios, um em 2007 no Japan Media Arts Festival Awards e um em 2012 no 6º Manga Taisho.

O filme contará com a participação das actrizes Haruka Ayase, Masami Nagasawa, Kaho e e Suzu Hirose que interpretarão o papel de quatro irmãs com um Passado atribulado. A narrativa começa com três irmãs que são abandonadas pelo pai enquanto crianças. Anos mais tarde são notificadas da morte do homem que as abandonou. A irmã mais velha recusa-se a ir ao funeral mas as mais novas, não recordando memórias do pai, decidem ir. No meio de um ambiente de sofrimento conhecem a personagem de Suzu Hirose, filha do mesmo pai. As quatro irmãs decidem tentar viver juntas, confrontando os seus Passados.

O que acham da premissa da nova obra cinematográfica e Kore-eda?

Novo trailer para o live-action de Lupin III

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A TOHO lançou ontem mais um trailer da adaptação live-action de Lupin III, baseada no manga de Monkey Punch. Realizado por Ryūhei Kitamura (Versus e Azumi) e com Shun Oguri, um dos actores mais famosos da actualidade, o filme estreia no Japão no dia 30 de Agosto.

A história deste filme conta a origem do gangue de Lupin. Eles infiltram-se na Arca de Navarone, um cofre de segurança máxima do tamanho de uma fortaleza. Nesse cofre está guardado o Coração Carmim de Cleópatra. Diz a lenda que aquele que detiver este tesouro poderá unir o mundo.


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Yasujiro Ozu – A Passagem do Tempo

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Yasujiro Ozu é conhecido por ser um  dos Mestres de Cinema mas poucos são aqueles que compreendem a essência das suas obras. Viajando um pouco pela Cinematografia do autor, este artigo tem como objecto dar a conhecer um pouco sobre a visão do Mundo de um homem que começou por encarar o Cinema como um meio de entretenimento mas que com o passar do tempo o começou a sentir de forma única e inspiradora.

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Do Aprendiz ao Mestre

Dois amigos universitários disputam o amor de uma rapariga durante uma viagem. Este é o resumo de Gakusei Romansu: Wakaki Hi (1929), uns dos primeiros filmes de Yasujiro Ozu . Ao contrário do que estamos habituados quando ouvimos o nome de Ozu, as obras até ao início dos anos 40 são um tanto ou quanto Hollywoodescas (herança de Tadamoto Okubo para o qual Ozu trabalhou como Assistente de Realização entre 1923 e 1927), tomando um tom mais sério conforme o desenrolar da Guerra. Yasujiro Ozu termina a sua carreira em 1963 como um Mestre do Cinema.

Depois de enviado para a guerra no final dos anos 30, Ozu é considerado um criminoso de Guerra em solo Singapurense, terminando numa plantação de borracha onde permanece até 1946, ano em que é reenviado para o Japão. Durante o tempo em Singapura, o autor acaba por se envolver no mundo da Poesia, o qual, juntamente com a experiência da Guerra, mudará para sempre a sua obra.

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A composição dos seus planos e em especial a Montagem ganham novos sentidos e aproximam-se da forma de construção da Poesia, especialmente devido aos padrões (planos gerais seguidos por planos pormenores, terminando novamente em planos gerais, por exemplo), algo estudado por David Bordwell em Ozu and The Poetics of Cinema. Mas o que realmente interessa neste artigo é compreender de que forma o Passado de Yasujiro Ozu vem a alterar não apenas as narrativas mas a forma como estas são interpretadas.

Banshun (1949) traz ao de cima um Ozu mais maduro do que o jovem que criara Gakusei Romansu vinte anos antes. Para além de uma alteração profunda na técnica (entre outros a posição da câmara ao nível de alguém sentado no tatami como se o espectador fosse um convidado ou a negação das convenções de Hollywood como a Regra dos 180º e a montagem Campo/Contra-Campo), as suas obras anteriormente inconsequentes (Comédias que serviam apenas para entreter) transformam-se em puras reflexões sobre a Passagem do Tempo e, por conseguinte, sobre o Ciclo da Vida e a Efemeridade das Coisas, temas fortemente ligados à própria passagem das Estações do Ano e da sua consequência para o Homem, temas dos quais Banshun (1949), Bakushu (1951), Soshun (1956), Higanbana (1958), Akibiyori (1960) e Kohayakawake no Aki (1961) são exemplos paradigmáticos.

Mono no Aware

Acreditando-se Imortal e com vontade de viver sem grandes preocupações, este seria Yasujiro Ozu no início da sua carreira, tal como a maioria dos jovens da sua idade. No entanto, a guerra fá-lo entrar em contacto com uma visão mais negra do Mundo que eventualmente terminaria com a sua própria mortalidade, uma visão que o autor irá transmitir através das suas obras, uma visão que, como observa Nick Wrigley, se aproxima do conceito Mono no Aware.

Podendo ser traduzido como A Sensibilidade das Coisas, o conceito é utilizado pela primeira vez pelo Filósofo Motoori Norinaga (1730 – 1801) para descrever uma observação relaxada e contemplativa do Mundo, feita pelo individuo que se aproxima da morte, que compreende a sua mortalidade (seja ele um homem de noventa anos ou um jovem de vinte).

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O pai que vê a filha ir embora para sempre, condenando-o a uma solidão que apenas terminará com a sua morte, mas aceita a realidade. A perda irreparável de um filho durante a Segunda Guerra Mundial. O amor entre dois jovens que embora correspondido é renegado, levando-os a viver o resto das suas vidas com alguém que não amam. A passagem do tempo que embora traga amarguras é vivida sem grande luta pela mudança, vivida com aceitação. Estes são os elementos principais da Filmografia Pós-Guerra de Yasujiro Ozu.

Símbolos de Mudança

Deixando momentaneamente de lado os elementos óbvios da passagem do tempo (as viagens, os casamentos, o envelhecimento dos personagens), é importante compreender os elementos narrativos subtis que marcam esta mudança.

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Começo com o comboio, símbolo da passagem não apenas do tempo em si mas das grandes mudanças na vida dos personagens. Entre inúmeros exemplos, temos Higanbana (1958) e Akibiyori (1960). No primeiro, temos a cena em que Ayako vê passar o comboio onde estaria uma amiga sua recém-casada (sendo que Ayako acaba também por apanhar um comboio para ir ter com o homem que ama e enfrentar uma nova fase da sua vida) enquanto no segundo exemplo vemos dois trabalhadores da Estação de Tokyo comentar a quantidade de noivas que chegara ao local. Em ambos os casos o comboio é encarado como uma marca da mudança entre o estado de solteira e a nova vida como casada. Relembro também que, ainda em Akibiyori e à semelhança do que acontece a Tomi em Tokyo Monogatari (1953), Manbei morre depois de uma viagem de comboio, símbolo da passagem para o outro Mundo.

Seguindo esta ideia de passagem para o Mundo dos Mortos temos ainda planos com pontes e corredores vazios (símbolo de uma presença Humana que desapareceu) ou ainda o fumo e o vapor, símbolos do ritual da cremação . Por exemplo, em Akibiyori vemos um plano onde se encontra incenso a ser queimado, prevendo a morte de Manbei.

Estações do Ano

Incontestavelmente ligado à ideia de Passagem do Tempo estão as Estações do Ano, trabalhadas por Ozu nestas seis obras. Mais do que qualquer elemento, são as Estações que nos transmitem a ideia de Tempo, desde as flores que brotam na Primavera e as cores vivas do Verão até às folhas castanhas no Outono e os troncos nus no Inverno.

Época de grandes transições, a Primavera é um despertar para uma nova vida. Embora nem sempre simbolizem Felicidade, própria da Estação, as obras primaveris de Ozu, nomeadamente Banshun (1949), Soshun (1956) e Higanbana (1958), são marcadas pelo começo de algo.

Em Banshun (Primavera Tardia), a protagonista Noriko decide finalmente casar, após muitas insistências do pai, deixando a sua vida de solteira e despreocupação para iniciar uma vida de trabalho e cuido da casa e do marido. Soshun (Primavera Prematura) mostra-nos como o casamento de Shoji e Masako embora pareça terminado pode ainda ter um novo começo, ou recomeçar, quando Shoji se apercebe do quanto realmente ama a mulher. Finalmente, Higanbana (Flor de Equinócio) pode estar presente tanto na Primavera como na parte do Outono, sendo que no caso da protagonista esta obra marca a sua Primavera, nomeadamente quando Fumiko decide ir contra a vontade do pai e casar com o homem que ama e não com alguém escolhido por ele.

É importante ver também que o único nascimento anunciado num filme acontece em Soshun (Primavera Prematura), quando um dos colegas de Shoji aparece desesperado e com receio do que será do futuro do seu filho, um nascimento que será prematuro, devido aos problemas financeiros dos pais.

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O Verão é como uma última oportunidade de mudança enquanto o Sol ainda possui a sua influência, algo que determina Bakushu (1951). Noriko, protagonista de Bakushu (Verão Prematuro), aceita casar-se tardiamente mas consegue encontrar a felicidade ainda a tempo.

O começo do fim (as folhas que caem e anunciam a “morte” da árvore) e uma época de desilusões – é assim que se pode descrever o Outono nas obras de Ozu, especialmente em Higanbana (1958), Akibiyori (1960) e Kohayakawake no Aki (1961). No primeiro caso, Higanbana (Flor de Equinócio) para além do lado de felicidade acima referido existe também um lado mais negro (afinal existem dois equinócios, dois lados da mesma moeda), nomeadamente porque o pai de Fumiko apenas dá valor aos dias na companhia da filha quando é tarde demais e esta já está próxima do seu casamento (sendo que as noivas quando casavam “abandonavam” a sua família original). Em Akibiyori (Outono Tardio), Akiko vê a filha casar, embora que relutante, e isto apenas significa o início de um período de solidão que terminará apenas com a sua morte. Por fim, Kohayakawake no Aki (Outono da Família Kohayakawa) é tal como o nome indica um influenciador não apenas para um personagem mas para uma família. Para além de Tsune que perde Manbei, o homem que amou toda a vida (sabendo que o seu próprio fim solitário estará próximo), temos a própria família de Manbei que entra num período de luto e tristeza.

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Curiosamente não existem obras influenciadas pelo Inverno embora cronologicamente, de certa forma, Ozu tenha passado de Primaveras (1949, 1956 e 1958) para Verões (1951) e Outonos (1958, 1960, 1961). O Inverno poderá ser a sua própria morte. O fim das obras, o fim de um Ciclo.

No entanto, embora não seja um tema principal, o Inverno está a meu ver englobado nas obras através da cor branca. Partilhando esta cor do mesmo significado que o Inverno para o Oriente (morte, renascer, fim de um ciclo e início de outro), podemos ver a sua influência nas crianças e nos idosos (o nascimento de uma geração significa necessariamente a morte de outra) mas também nas noivas (a criança que cresceu e recebeu o dever de dar continuação às Futuras gerações e os pais que vêm os seus filhos começar uma nova família, apercebendo-se da sua própria mortalidade).

Setsuko Hara, de Noriko a Akiko

Curiosamente, a Passagem do Tempo nas obras de Yasujiro Ozu é igualmente importante nos próprios actores, especialmente para Setsuko Hara. A actriz que trabalhou com Ozu desde Banshun (1949) até Kohayakawake no Aki (1961), interpretou sempre personagens com o nome Noriko ou Akiko. Durante os primeiros filmes, onde vestia o papel de filha, usava o nome de Noriko que em japonês significa “filha exemplar”, algo que todas as “Norikos” eram, desde a jovem que casa contrariada para seguir o caminho que o seu pai quer (Banshun), à nora exemplar que cuida melhor dos sogros do que os próprios filhos (Tokyo Monogatari). O nome Akiko, significando “criança do Outono”, é utilizado nas últimas duas obras em que Hara participou, nomeadamente ambas personagens de mães, sábias e protectoras, que no caso de Akibiyori (1960) é uma mãe prestes a perder a única filha, devido ao seu casamento inevitável, destinada a viver em solidão até ao fim dos seus dias (tal como o pai de Noriko em Banshun).

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Outro exemplo é ainda o caso de Mariko Okada, filha de Tokihiko Okada (igualmente actor de Ozu em Tokyo no Korasu de 1931) que interpreta o papel da jovem rebelde em Akibiyori e acaba como a mãe conservadora em Sanma no Aki (1962).

Do Japão para o Mundo

Quando se fala em Poesia não nos podemos esquecer do essencial, que esta é uma área conhecida por ajudar o indivíduo a despertar os seus sentidos e a compreender a beleza do que o rodeia. É exactamente isto que Yasujiro Ozu procura nos seus trabalhos, ajudar o espectador a olhar para além do óbvio, das narrativas sobre a jovem obrigada a casar, e contemplar o que rodeia as personagens que, apesar dos seus infortúnios (a filha que perde o pai, a mãe que perde a única filha), conseguem sempre olhar para o que resta e encontrar a felicidade, um verdadeiro Mono no Aware.

Afinal, é isto que acontece a Yasujiro Ozu, o jovem entusiasmado que se vê no meio de uma Guerra repleta de morte e sofrimento mas, mesmo assim, consegue olhar em volta e fazer belas obras de arte com o que restava de uma Sociedade destruída, ajudando-a a superar o seu Passado (de certo modo, as tradições começam a ser quebradas nos últimos filmes quando passamos a ter filhas que lutam contra os pais e seguem o seu próprio caminho ou até mesmo com o aparecimento de personagens ocidentais, por exemplo).

O seu trabalho é ainda hoje estudado e muitas são as homenagens, visíveis por exemplo no trabalho de Hirokazu Kore-eda onde, entre outros, o elemento do comboio e a dicotomia entre campo (tradição) e cidade (modernidade) está muito presente.
As Comédias Levianas tornam-se modelos que serão seguidos e venerados não apenas pelos Orientais mas também pelos Ocidentais que, apesar da descrença de Ozu que acredita que estes nunca iriam compreender as suas obras, começam a olhar para além do aparente, descobrindo nos anos 70 um novo realizador, uma nova perspectiva e uma nova Poesia.

Bibliografia

1. Ferreira, Carlos Melo. As Poéticas do Cinema. Edições Afrontamento, 2004
2. Nolletti Jr, Arthur & Desser, David. Reframing Japanese Cinema. Indiana University Press, 1992
3. Bordwell, David. Ozu and the Poetics of Cinema. Princeton University Press, (2ª Edição) 1994

Webgrafia
1. “Yasujito Ozu”. Senses of Cinema
(http://sensesofcinema.com/2003/great-directors/ozu/#b2).

Filmografia
1. Ozu, Yasujiro, realizador, Banshun,1949
2. –, realizador, Bakushu, 1951
3. –, realizador, Soshun, 1956
4. – , realizador, Higanbana, 1958
5. – , realizador, Akibiyori, 1960
6. – , realizador, Kohayakawake no Aki, 1961

Curiosidades:

1. Uns dirão ser coincidência, outros, destino. A família de Norinaga Motoori fazia parte de um grupo de mercadores que trabalhava para o Clã de Otsu, clã esse para o qual a família de Yasujiro Ozu trabalhara outrora.

2. A Ideia de uma vida passada de forma contemplativa e reflexiva está presente um pouco por todo o Mundo e nós temos um exemplo disso em Portugal, por exemplo, nas obras de Alberto Caeiro.

3. No final da guerra enquanto prisioneiro de guerra Ozu ficou a saber que um barco estava a caminho para ir buscar alguns japoneses de volta a casa (apenas haveria lugar para 28 pessoas e as restantes teriam de esperar mais alguns meses). Embora o autor tenha conseguido um bilhete para a viagem através de um sistema de lotaria, ele decide dar o bilhete a um colega que estava ansioso por rever a sua família.


3 anúncios dos novos filmes de Rurouni Kenshin

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Recentemente começaram a ser emitidos na televisão japonesa três anúncios dos dois novos filmes de imagem real adaptados do manga Rurouni Kenshin de Nobuhiro Watsuki, Rurouni Kenshin: Kyoto Taika-hen e Rurouni Kenshin: Densetsu no Saigo-hen. Nos três anúncios também ficamos a conhecer o tema principal de um dos filmes, “Mighty Long Fall“, da banda ONE OK ROCK.


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Takeru Satoh retoma o papel de protagonista como Kenshin Himura. No elenco também está Emi Takei como Kaoru Kamiya, Yuu Aoi como Megumi Takani, Yusuki Iseya como Aoshi Shinomori e min Tanaka como Okina/Nenji Kashiwazaki.

Ambos os filmes erão realizados por Keishi Otomo e a acção passa-se durante o arco de Quioto do manga. Rurouni Kenshin: Kyoto Taika-hen estreiará já no día 1 de Agosto, enquanto que Rurouni Kenshin: Densetsu no Saigo-hen estará nas salas de cinema a partir de 13 de Setembro.

Sochite Chichi ni Naru

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O realizador que cria de forma a destruir as barreiras entre a Ficção e o Cinema regressa com uma nova obra de tom familiar, premiada com o Prémio do Júri em Cannes, seguindo Ryota Nonomiya e Midori Nonomiya, um casal que descobre que o seu filho fora trocado na maternidade. Ao longo de alguns meses, Ryota e Midori juntamente com o casal que adoptara o seu filho de sangue irão entrar numa espiral de dilemas éticos e morais.

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Sochite Chichi ni Naru abre com Keita Nonomiya e os seus pais numa entrevista para a Academia de Ensino. A sala e todo o ambiente preparam-nos para a formalidade da Instituição: uma sala branca plana, geométrica onde a música ambiente se mantem Clássica. Os pais, vestidos com fatos ou vestidos simples negros, esperam os seus filhos terminarem as suas actividades, vestidos de igual com um número colado num papel (o nome e a sua personalidade não são importantes, pois as suas vidas serão formatadas ao longo dos anos).

Passamos rapidamente pelo local de trabalho de Ryota, também ele branco e simples, repleto de geometria. Em casa (um apartamento visivelmente caro e com um ambiente semelhante aos anteriores), Midori fala ao telefone enquanto prepara o jantar. É visível aqui que se trata de uma família tradicional onde o papel da mulher é permanecer em casa e tratar do lar enquanto o marido trabalha. Ao telefone, Midori refere que o marido deseja que o filho comece o mais rapidamente possível a pensar no futuro, embora este tenha apenas quatro anos.

Quando Ryota chega depressa critica o filho por este estar a jogar ténis na Wii em vez de praticar no piano (“se perderes um dia, demoras três a recuperar”) e a mulher por ir fazer massa (não devem abusar). Até este momento compreendemos que os Nonomiya são rígidos (falhar não é uma opção), uma família rica e tradicional japonesa. Apesar disto, Ryota gosta de passar tempo com o filho, quebrando a frieza aparente.

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Midori recebe uma chamada da Maternidade onde deu à luz Keita, querem falar com eles com a máxima urgência. Ao chegarem lá, deparam-se com a verdade cruel de que Keita não é o seu filho de sangue. A culpa começa por ser entregue ao Hospital, passando rapidamente para Midori, sentindo-se revoltada por não ter percebido a diferença entre os bebés.

 

Algum tempo depois, o Hospital organiza um primeiro encontro entre Ryota, Midori e os Saiki, pais “adoptivos” do seu filho de sangue (pais biológicos de Keita). Um casal que não podia ser mais diferente. Quando entram na sala podemos ver de imediato o seu estilo mais informal e “moderno”. Enquanto vemos Ryota apresentando a família (Midori não refere uma palavra neste primeiro contacto), é Yukari, esposa de Yudai, que se apresenta e mostra liderança dentro do casal.

Durante a troca de fotografias podemos ver que enquanto Keita está sério numa fotografia de estúdio, formal, Ryusei está de fato de banho vermelho (uma cor viva que contrapõe as cores mais esbatidas usadas pelos Nonomiya) numa fotografia tirada numas férias de verão (não será por acaso que o seu nome significa “Dia Solarengo”). Os Nonomiya não gostam da fotografia, uma desgosto que permanecerá durante todo o filme.

Tentando mostrar mais sobre Ryusei, os Saiki mostram alguns vídeos filmados no rio onde Yudai afirma ser um excelente sítio para pescar (enquanto os Nonomiya visivelmente não saem de casa, os Saiki parecem passear várias vezes durante o ano). Descobrimos também que Ryusei tem mais irmãos, uma família que apesar de pobre é grande e feliz.

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Os responsáveis pelo Hospital informam então ambas as famílias que em 100% dos casos, os pais optam pela troca das crianças e que esta deve ser feita o quanto antes, algo que assusta Midori e os Saiki (Ryota permanece em silêncio).

Tentando amenizar o choque os dois casais decidem encontrar-se num centro comercial e passar a tarde juntos. Enquanto as crianças se dão lindamente, os pais apercebem-se das suas extremas diferenças, especialmente quando Yudai se junta às crianças no parque infantil, deixando Ryota pouco confortável.

Ryota, nitidamente o líder da sua família, começa rapidamente a exercer a sua influência, insistindo em que o advogado dos casais seja um amigo seu e, mais tarde, que os Nonomiya poderiam ficar com as duas crianças, uma vez que, possuem uma vida económica muito melhor (tratando-os como se apenas se interessassem em dinheiro pelo facto de serem pobres e ameaçando inclusive de os levar a tribunal por não terem condições de criar os filhos).

 

Depois de uma primeira troca temporária, está na hora de um último adeus mas a adaptação não podia correr pior. Enquanto Keita parece estar a adaptar-se bem à sua nova família (provavelmente por ter um ambiente menos controlador), Ryusei recusa-se a aceitar os seus novos pais e a sua nova vida, levando-o a fugir de casa e a regressar aos Saiki momentaneamente.

Ryusei acaba por regressar a casa dos Nonomiya e os três começam uma nova etapa onde Ryota aprende a ser menos controlador e a aproveitar os momentos com o filho. No entanto, ao rever algumas fotografias Ryota apercebe-se que muito que goste do seu filho biológico, Keita é e sempre será o seu verdadeiro filho (sentimento partilhado pelos Saiki).

Kore-eda dá-nos um final que aparenta ser ambíguo pelo facto de não termos a certeza absoluta que a troca é refeita, provavelmente porque o importante nesta cena final não é os personagens regressarem ao que eram antes (cada casal com o seu filho) mas entrarem numa nova Era que os unirá numa família só.

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Influências e Inspirações de Kore-eda

Yasujiro Ozu é necessariamente o primeiro nome que devo referir, mestre homenageado por Kore-eda em todos os seus filmes. Em Sochite Chichi ni Naru para além do próprio tema (drama familiar que Ozu tanto trabalhava) temos referências à guerra (a separação entre pais e filhos) e às corridas de cavalos (recordo Manbei em Kohayagawa-ke no Aki de 1961) mas também a elementos como o comboio, símbolo de passagem e elemento recorrente nos filmes de Ozu e Kore-eda, reflexo das profundas alterações que as personagens sofrem ao longo das narrativas.

Por outro lado, Sochite Chichi ni Naru é uma espécie de revisita à filmografia anterior do realizador, não apenas pelos elementos comuns (cenas de refeições em família, referência ao baseball, planos suspenso que embora não tenham importância narrativa são fundamentais para a personagem e re-utilização de actores como Kirin Kiki e Arata) mas também narrativamente lembrando Kiseki de 2011 (quando Ryota confessa ter fugido de casa aquando do divórcio dos pais), Aruitemo Aruitemo de 2008 (comparando a relação de adaptação entre, curiosamente, Ryota e Atsushi, pai e filho adoptivo), Dare mo Shiranai de 2004 (para além de uma cena em que Midori desce umas escadas semelhantes às de Dare mo Shiranai, em ambos os filmes há um certo abandono infantil embora muito mais subtil e menos grave em Sochite Chichi ni Nare), Distance de 2001 (nomeadamente a conversa entre o casal na varanda) ou até mesmo relembrando Without Memory de 1996 (Documentário onde o protagonista revê a sua vida através de fotografias e vídeos).

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Fotografia e Som

Passando brevemente também pela Fotografia e Som do filme, ambos trabalhados em directo como Kore-eda já nos habituou, uma influência do Documentário, temos algumas cenas importantes e que vale a pena referir.

Quanto à Fotografia, trabalhada por Mikiya Takimoto (uma novidade na equipa do realizador sendo que a Fotografia é maioritariamente feita por Yutaka Yamazaki), a cena em que Keita faz o exame de sangue é notoriamente uma das mais “arrepiantes”. Uma sala escura, repleta de sombras, antecipando o Futuro negro que terá pela frente, uma verdade com a qual ele não saberá lidar.

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Em termos de som, existe uma primeira cena importante quando após saberem o resultado das análises de sangue vemos Ryota e Midori no carro, parados numa passagem de comboio. A Música Clássica que tem vindo a acompanhar as cenas, símbolo de Calma e Serenidade, é abruptamente interrompida quando Ryota bate no vidro, perdendo visivelmente a sua calma. Tudo mudou.

Mais tarde, na cena do restaurante (à semelhança do que acontece em Aruitemo Aruitemo) podemos ouvir as crianças brincar em pano de fundo enquanto temos em primeiro plano a conversa entre os adultos. Contrariamente ao que normalmente é feito em Ficção, onde apenas a conversa dos pais seria ouvida, Kore-eda mostra-nos a importância de construir um ambiente que embora Ficcional nos pareça real.

Finalmente, durante uma aula de piano do jovem Keita, o som do choro e desespero da mãe é tapado pelo piano tocado pelo filho, tanto em forma de respeito pela mãe (que deve ter espaço para sofrer sem que o espectador se torne num voyeur indesejado) mas também talvez como metáfora, o filho que conforta a mãe.

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Embora por vezes pareça que Kore-eda está cada vez mais a distanciar-se do Documentário, Sochite Chichi ni Naru trata-se de uma história que toca a todos os espectadores, quem sabe conseguindo mudar a sua forma de pensar ou pelo menos, obrigar a uma reflexão sobre o que é realmente a Família.

Escrito por: Ângela Costa

3 filmes japoneses no Avanca 2014

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Arrancou na passada sexta-feira (18 de Julho) a 18ª edição de Festival de Cinema de Avanca, um evento organizado pela Cineclube de Avanca e pelo Município de Estarreja, e que vai ter 11 estreias mundiais e 47 estreias nacionais.

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Dessa lista de filmes constam 3 títulos japoneses: “Sentinel Desert and Castle”, de Kang Yu (Vencedor do Prémio COSMO FEST Tokyo 2013), “BALLOONS” de Souhei Naitou (Recomendação da COSMO) e “I Have No Friends.” da autoria do realizador Keigo Mihara (Vencedor do Prémio COSMO 2012 com o filme “A Robot Story”).

O festival conta com os apoios da Embaixada do Japão em Portugal, Nemoto Portugal e da revista online
Waribashi.

Contamos brevemente ter mais informações sobre os filmes apresentados no Festival.

Kazuo Umezu estreia-se como realizador

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O site japonês CINRA NET colocou online o trailer de Mother, o filme que inicia o mangaka Kazuo Umezu (The Drifiting Classroom e Cat-Eyed Boy) como realizador de cinema.

O actor de 41 anos Aionosuke Kataoke, reconhecido pelo seu trabalho no mundo do Kabuki, será o interprete que fará o papel do autor do filme, enquanto que Kimie Shingyoji fica com o papel da mãe de Umezu, a qual contará com a chave da história.

Umezu escreveu o argumento desta história autobiográfica que “revelará os segredos do seu mundo que tanto cativaram os leitores das suas obras“. O filme estreia a 27 de Setembro.


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Shingeki no Kyojin terá Live-Action!

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São fãs de Shingeki no Kyojin? Então temos excelentes notícias para vocês. O Manga também conhecido como Attack on Titan ou Ataque dos Titãs criado por Hajime Isayama em 2009 e publicado pela Kodansha’s Bessatsu Shonen terá um live-action!

Escrito em colaboração com Hajime Isayama, Yusuke Watanabe e Tomohiro Machiyama, realizado por Shinji Higuchi (Tetsuya Nakashima fora convidado para a Realização mas diferenças criativas levaram ao seu afastamento) e contando com a participação de Haruma Miura, Hiroki Hasegawa e Jun Kunimura (entre outros), o filme foi gravado entre Maio e Agosto deste ano na Ilha de Hashima em Nagasaki, em Kumamoto, Ibaraki e no Estúdio da Toho. A sua estreia está marcada no Japão para o Verão do próximo ano.

O fim do Studio Ghibli?

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Na sexta-feira o director geral dos Studio Ghibli, Toshio Suzuki, anunciou num canal televisivo que deixará de produzir filmes e passará apenas a gerir as suas marcas e direitos de autor.

Uma fonte interna ligada ao Studio Ghibli revelou ao site japonês News Cafe, que “When Marnie Was There” – o próximo filme do estúdio, com estreia prevista para este verão – poderá muito bem ser a última longa metragem produzida pelos criadores de “A Viagem de Chihiro”, “O Castelo Andante”, “A Princesa Mononoke” e “O Túmulo dos Pirilampos”, entre outros clássicos de renome da animação japonesa.

Esta decisão parece vir no seguimento da saída, do mestre Hayao Miyazaki – referência mundial do cinema de animação e fundador do Studio Ghibli, juntamente com Isao Takahata, Yasuyoshi Tokuma e Toshio Suzuki. Além do afastamento dos principais nomes do estúdio somam-se também os elevados custos de produção dos filmes de animação no Japão e a actual crise deste mercado. Segundo a fonte do News Cafe: “não existe outra opção a não ser acabar com o estúdio, porque não há como manter o ritmo de anunciar um novo filme por ano”.

Apesar da notícia ter sido publicada no Rakuten (um dos maiores sites japoneses), ainda não existe qualquer comunicado oficial por parte do Studio Ghibli. Enquanto essa confirmação não acontece e esperemos que nunca venha a acontecer fiquem com o trailer do que poderá ser o último filme de um dos mais iconicos estúdios de animação do Japão e do mundo.


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Asano Utsushi-e #1

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Asano Utsushi-e é a primeira edição de uma coluna semanal dedicada ao Cinema Japonês. Hoje trago notícias sobre Ryo Kase, o cast de Solomon no Gisho Zenpen, o regresso ao grande ecrã de Yuichiro Hirakawa e Nobuyuki Sakuma, o trailer de Miracle: Debikuro Kun no Koi to Mahou e sobre a adaptação live-action da série ST Aka to Shiro no Sosa Fairu!

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Ryo Kase em fime Coreano:

Hong Sang-Soo regressa ao ecrã com Jayuui Eondeok (ou Monte da Liberdade), a história de um homem japonês que viaja até à Coreia do Sul em busca de uma antiga amante. O papel do protagonista está nas mãos de Ryo Kase, vencedor do Prémio para Melhor Actor no 67º Mainichi Film Awards por Outrage Beyond de Takeshi Kitano e do Prémio para Melhor Actor Secundário por Soredemo Boku wa Yattenai de Masayuki Suo no 50º Blue Ribbon Awards. Jayuui Eondeok estreia na Coreia do Sul a 4 de Setembro deste ano.

Descortinado o cast de Solomon no Gisho Zenpen:

Baseado em Solomon no Gisho de Miyuki Miyabe, o filme será repartido em duas partes com estreia marcada para a Primavera de 2015 no Japão. A história segue o aparente suicídio de um rapaz na manhã de Natal que tenta ser encoberto pela polícia. Algum tempo depois mais um jovem morre em aparente suicídio. Apercebendo-se do assassino que têm no seu ceio, os estudantes criam um tribunal e abrem o seu próprio inquérito para descobrir o responsável. Realizado por Izuru Narushima, a obra conta com a participação de actores como Kuranosuke Sasaki, Hiromi Nagasaku, Fumiyo Kohinata, Haru Kuroki e Machiko Ono.

Nova obra de Yuichiro Hirakawa:

O realizador da famosa série Mr. Brain regressa com uma nova longa-metragem chamada Omoi no Koshi (A Rigidez dos Sentimentos) com estreia marcada para 22 de Novembro deste ano no Japão. Baseado em Kanojo Tono Jozuna Wakarekata (Maneiras Práticas de lhe Dizermos Adeus) de Takaya Okamoto, o filme conta-nos a história de Gajrou (Masaki Okada), um homem egoísta que apenas pensa em dinheiro e mulheres. Um dia, Gajirou é atropelado e quanto tenta procurar os culpados descobre que o condutor morreu juntamente com três dançarinas de varão. Ainda atordoado pela verdade, o protagonista é visitado pelos quatro fantasmas que lhe pedem um último desejo em troca de uma grande quantia de dinheiro.

Trailer de Miracle: Debikuro Kun no Koi to Mahou:

Baseado no livro Debikuro Kun no Koi to Mahou de Ko Nakamura (algo como Amor e Magia do Pai Natal Maléfico), o filme conta-nos a história de Hikari (Masaki Aiba), um empregado bondoso de uma loja de livros que deseja tornar-se uma mangaka.  Realizado por Isshin Inudo e Escrito por Ko Nakamura e Tomoe Kanno, Miracle: Debikuro kun no Koi to Mahou estreia a 22 de Novembro de 2014 no Japão. Podem ver o trailer aqui.

ST Aka to Shiro no Sosa Fairu vira Live-Action:

Actualmente no ar na NTV, ST Aka to Shiro no Sosa Fairu (ST DPM Equipa de Investigação Científica) será adaptado para filme, contando com o Argumento de Bi Konno (autor do livro ST Keishicho Kagaku Tokusou Han), único membro da equipa já conhecido. Viajamos até uma equipa de investigação onde trabalha Samon Akagi (Tatsuya Fujiwara), um ex-recluso agora conhecido como génio forense, juntamente com um rapaz que não recusa nenhum pedido, uma rapariga que possui uma audição sobrenatural, uma profiller e um monge. O filme (que deverá ser realizador por Toya Sato) tem estreia marcada para 10 de Janeiro de 2015 no Japão, até lá podem dar uma vista de olhos pelas duas temporadas da série que começou em 2013.

Revelado cast de Goddotan Kisu Gaman Senshuken 2:

Depois do sucesso de Goddotan: Kisu Gaman Senshuken (Língua Divina: Jogo da Paciência do Beijo), Nobuyuki Sakuma regressa com a sequela Goddotan: Kisu Gaman Senshuken – Psychic Love (Língua Divina: Jogo da Paciência do Beijo – Amor Psíquico). Ambas as obras são baseadas num programa de variedades chamado Língua Divina constituído por comediantes que têm de improvisar e fugir a quem os tenta beijar. Entre os actores estão Hitori Gekidan, Ken Yahagi, Osamu Shitara e Yuki Himura. A estreia está marcada para 17 de Outubro deste ano no Japão.


Asano Utsushi-e #2

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Regresso com mais uma compilação das novidades em Cinema!

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Sayonara Kabukicho no Festival de Toronto:

Realizado por Ryuichi Hiroki, Sayonara Kabukicho (Adeus Kabukicho) estreia em Setembro no Toronto International Film Festival e em Outubro no Busan International Film Festival. O filme que conta com o argumento de Haruhiko Arai e com as interpretações de Atsuko Maeda, Kaho Minami e Nao Omori, conta a história de um grupo de pessoas cujas vidas estão ligadas a um Hotel.

Revelado Cast de Strobe Edge:

Baseado no Manga do mesmo nome, criado por Io Sakisaka,  Strobe Edge será realizado por Ryuichi Hiroki e contará com a presença dos actores Sota Fukushi e Kasumi Arimura. A história segue Ninako, uma aluna do Liceu pura e honesta e por quem Daiki tem uma paixoneta. Um dia Ninako conhece Ren e assim começa um triângulo amoroso juvenil. O filme estreia em Março de 2015 no Japão.

Yokokuhan agora em Live-Acion:

Toma Ikuta e Erika Toda protagonizarão a adaptação live-action de Yokokuhan (Notas de Prisioneiros) que será realizada por Yoshihiro Nakamura. Com estreia marcada para 2015, o filme conta-nos a história de uma organização que envia avisos à polícia sobre futuros crimes.

Hiroshi Chono regressa ao grande ecrã:

At Home é o novo filme de Hiroshi Chono e conta a história de uma família um pouco anormal: o pai é um ladrão e a mãe uma vigarista. Um dia a mãe é raptada e o resto da família segue numa missão para a salvar. Baseado no livro de Takayoshi Honda com o mesmo nome, At Home contará com a participação de Kentaro Sakaguchi, Yuina Kuroshima e Yuto Ikeda, entre outros. A estreia está marcada para 2015 no Japão.

Filme sobre a amizade:

Takemi (Rika Adachi) e Ayuko (Mio Yuki) são duas raparigas que se tornam amigas durante a adolescência, no entanto um incidente obriga-as a separarem-se. Trinta anos depois, as duas mulheres, agora adultas, reencontram-se e a amizade embora terminada há tanto tempo começa a sobressair novamente. Realizado por Akiko Ohku, Dear Girls estreia no Japão em Fevereiro de 2015.

Livro de Mizuho Hirayama torna-se Filme:

Lançado em 2006, Wasurenai to Chikatta Boku ga Ita (Fui eu que prometi não esquecer) de Mizuho Hirayama será adaptado a filme. A obra conta a história de Tadashi Hayama (Nijiro Murakami), um aluno do Liceu que se apaixona por Azusa Oribe (Akari Hayami). Um dia, Azusa diz a Tadashi que as pessoas que a conhecem esquecem-se dela. Temendo que isto se torne uma realizada, o jovem começa a deixar notas a ele próprio. Realizado por Kei Horie, o filme estreia em 2015 no Japão.

Revelado cast de Ouroboros:

Foram anunciados mais detalhes sobre a adaptação para Série live-action do manga Uroborosu – Keisatsu o Sakabu wa Ware ni Ari de Yuya Kanzaki, que nos conta a história de duas crianças que vêem o homicídio do seu professor da primária. Embora tenham contado tudo à polícia, esta decidiu encobrir o caso. Quinze anos depois, os agora Detective (Toma Ikuta) e Yakuza (Shun Oguri) decidem juntar forças e resolver o crime. Realizado por Yasuharu Ishii e escrito por Yuya Kanzaki e Kazunao Furuya, Uroborosu estreia na TBS a 15 de Janeiro de 2015.

Nova Série com Zombies:

Kento Hayashi faz parte do cast de Tamagawa Kuyakusho of the Dead (Tamagawa dos Mortos). A Série mostra-nos um Mundo Pós-Apocalíptico onde Shinsuke Akaba (Kento Hayashi) tem como função criar planos para resolver o problema dos zombies. Com estreia na Tv Tokyo para Outubro, Tamagawa Kuyakusho of the Dead é realizado por Masahiko Kawahara.

Erika Sawajiri estará na nova série da Fuji Tv:

First Class terá uma segunda temporada para Outubro deste ano e Erika Sawajiri interpretará a protagonista, Chinami Yoshinari, uma designer de moda. A série é realizada por Masaki Nishiura e escrita por Hironori Oikawa.

Riisa Naka na adaptação de Yube no Kare, Ashita no Pan:

Foi anunciado que a actriz Riisa Naka fará parte da adaptação para Série Live-Action do livro Yube no Kare, Ashita no Pan (O arroz de Ontem é o pão de Amanhã) de Izumi Kizara. Naka interpretará o papel de Tetsuo, uma mulher em luto há sete anos depois da morte do marido e que ainda tenta ultrapassar a dor da perda. Realizado por Yuji Shigehara e Masakazu Abe, a série estreia na NHK em Outubro deste ano.

Asano Utsushi-e #3

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Esta semana trago notícias sobre as novas obras de Nobuhiro Yamashita, Keinosuke Hara e Takashi Yamazaki, e as novas séries dos canais TBS, NTV, TV Asahi e WOWOW.

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Integrantes das Nogizaka46 em Live-Action:

Manatsu Akimoto, Erika Ikuta e Nanami Hashimoto (membros da famosa banda Nogizaka46) são parte do cast do novo filme de Nobuhiro Yamashita (realizador de Linda Linda Linda). O filme, baseado no Manga Shiti Raitsu de Hiroyuki Ohashi, chama-se Chounouryoku Kenkyubu No 3 Nin (Clube de Pesquisa do Poder Psíquico de Três Pessoas) e conta-nos a história de três alunas do Liceu que se começam a interessar pelos poderes psíquicos e Aliens. A estreia no Japão está marcada para 6 de Dezembro deste ano.

Novo trailer de Ogawa-Cho Serenade:

Keinosuke Hara regressa ao ecrã com Ogawa-Cho Serenade, a história de uma rapariga que conhece Angel, uma Drag Queen amiga da mãe. Juntamente com ela acabam por investir num bar drag queen para ajudar Angel só que, a rapariga acaba por saber que Angel é afinal o seu pai. Escrito por Keinosuke Hara e com a Fotografia de Kozo Shibasaki, Ogawa-Cho Serenade contará com a participação de Risa Sudo, Izumi Fujimoto e Ken Yasuda. A obra estreia no Japão a 4 de Outubro deste ano e poderão ver o trailer aqui.

 Kiseiju Part 1 no Tokyo International Film Festival:

O primeiro filme da Duologia realizada por Takashi Yamazaki terá a sua estreia no conceituado Festival Internacional de Tokyo no final de Outubro. Baseado no Manga de Hitoshi Iwaaki com o mesmo nome, Kiseiju será dividido em duas partes (a segunda com estreia para 2015) e conta a história de um parasita alienígena que chega à Terra e infecta os Humanos através do Nariz e das Orelhas, alojando-se no Cérebro e controlando o corpo do seu hospedeiro. Misteriosamente, um rapaz consegue controlar o seu parasita e começa a investigar um grupo de homicídios que parecem estar ligados a estes seres. Com a participação de Sadao Abe, o filme terá a sua estreia comercial a 29 de Novembro no Japão.

Novos Doramas da TBS:

N no Tame ni (Para N) será a nova Série da TBS (com estreia para Outubro deste ano) e conta com a participação dos actores Nana Eikura, Masataka Kubota, Kento Kaku, Keisuke Koide e Tomokazu Miura, e com a realização de Ayuko Tsukahara e Takeyoshi Yamamoto. Baseado num livro com o mesmo nome de Kanae Minato, N no Tame ni envolve-nos num misterioso homicídio que condena um inocente a dez anos de cadeia.

Também para Outubro deste ano será lançado Sakura ~Jiken wo Kiku Onna~ (Sakura ~A Mulher que ouve os Casos~). Yukie Nakama e Ryuta Sato estão confirmados para interpretar os papeís principais, Kosuke Suzuki e Hideo Mizumura estarão encarregues da realização e Miyako Matsumoto e Junpei Yamaoka trabalharam o Argumento. A história segue uma detective infiltrada que consegue resolver casos através das suas excelentes capacidades de audição e interpretação.

NTV lança nova Série:

Noriyoshi Sakuma será o realizador da nova série da NTV, Jigoku Sensei Nube (Nube, o professor do Inferno) que nos apresenta a história de um professor de Liceu que protege os seus alunos de monstros com a ajuda de uma “mão do Demónio”. Ryuhei Maruyama interpretará o papel do professor e a série será lançada em Outubro deste ano no Japão.

Novas séries da TV Asahi:

A famosa série Aibou terá a sua décima terceira temporada já em Outubro deste ano! Os fãs poderão contar com a participação de Tooru Kai e Yutaka Mizutani (actores da série em todas as 13 temporadas) e com a participação de Hiroki Narimiya (cujo já participou em duas temporadas).

Por outro lado, a jovem série Doctor-X terá a sua terceira temporada, realizada por Naomi Tamura e Hidetomo Matsuda. Para quem não conhece, o dorama segue Michiko (Ryoko Yonekura) uma cirurgiã freelancer que nesta temporada conhece Ryonosuke (Shiro Ito), acabando por se interessar no seu caso e fazendo de tudo para o salvar. A série estreia em Outubro

WOWOW cria novo Dorama:

Mitsuhiro Oikawa e Meisa Kuroki farão parte do cast principal da nova série da WOWOW, Akka (Dinheiro Sujo). Escrito por Masahiko Shimada e realizado por Hajime Gonno, a história segue Erika Miyazono (Kuroki), uma detective infiltrada num caso de lavagem de dinheiro. Baseado no livro com o mesmo nome de Masahiko Shimada, Akka estreia no Japão em Novembro deste ano.

Cinema de Terror Japonês no MOTELx

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O MOTELx, Festival Internacional de Cinema de Terror de Lisboa, mais uma vez traz-nos uma boa mão cheia de filmes de terror japoneses, como tem sido hábito desde os primeiros anos do festival. Esta é uma excelente oportunidade para ver nas salas míticas de Lisboa, o Cinema São Jorge e o Teatro Tivoli, em condições dificilmente recriadas em casa, filmes que raramente estreiam nas salas comerciais.

MOTELx2014

Aqui fica o calendário:

THE BRAIN MAN – Qua 10 · 21h45 · São Jorge, Sala 3

Realização Tomoyuki Takimoto Argumento Katsuhiko Manabe, Izuru Narushima Produção Hirohisa Mukuju, Yoichi Arishige Elenco Toma Ikuta, Yasuko Matsuyuki, Fumi Nikaido Duração 125’ Língua Japonês Legendas Português País Japão Ano 2013

GREATFUL DEAD – Sab 13 · 16h30 ·Teatro Tivoli BBVA

Realização Eiji Uchida Argumento Eiji Uchida, Etsuo Hiratani Produção Tomoharu Kusunoki, Houka Kinoshita Elenco Kumi Takiuchi, Takashi Sasano, Kkobbi Kim Duração 98’ Língua Japonês Legendas Português País Japão Ano 2013

JU-ON: THE BEGINNING OF THE END -Dom 14 · 22h00 · São Jorge, Sala 3

Realização Masayuki Ochiai Argumento Masayuki Ochiai, Takashige Ichise Produção Takashige Ichise Elenco Nozomi Sasaki, Sho Aoyagi, Reina Triendl Duração 91’ Língua Japonês Legendas Português País Japão Ano 2014

OVER YOUR DEAD BODY – Sab 13 · 19h00 · São Jorge, Sala Manoel de Oliveira

Realização Takashi Miike Argumento Kikumi Yamagishi Produção Misako Saka, Shigeji Maeda Elenco Ebizo Ichikawa, Ko Shibasaki, Hideaki Ito Duração 90’ Língua Japonês Legendas Português País Japão Ano 2014

THE WORLD OF KANAKO – Sex 12 · 16h30 · São Jorge, Sala Manoel de Oliveira

Realização Tetsuya Nakashima Argumento Tetsuya Nakashima, Nobuhiro Monma, Miako Tadano Produção Satomi Odake, Yutaka Suzuki Elenco Koji Yakusho, Nana Komatsu, Hiroya Shimizu Duração 118’ Língua Japonês Legendas Português País Japão Ano 2014

KILLERS – Sex 12 · 00h30 · Teatro Tivoli BBVA | Dom 14 · 14h15 · São Jorge, Sala 3

Realização Mo Brothers Argumento Takuji Ushiyama, Timo Tjahjanto Produção Yoshinori Chiba, Kimo Stamboel, Shinjiro Nishimura, Takuji Ushiyama, Timo Tjahjanto Elenco Kazuki Kitamura, Oka Antara, Rin Takanashi Duração 137’ Língua Indonésio, Japonês, Inglês Legendas Português País Japão/Indonésia Ano 2014

 

Para mais informações consultar a página do festival:  MOTELx – Onde o Terror é Bem-Vindo

Hayao Miyazaki irá receber Oscar Honorário

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O Conselho de Governadores da Academia de Cinema, Artes e Ciências elegeu esta terça-feira à noite (26 de Agosto) os Prémios Honorários a Jean-Claude Carrière, Hayao Miyazaki e Maureen O’Hara. Os prémios serão entregues no  Academy’s 6th Annual Governors Awards, sábado, 8 de Novembro.

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“Os Governors Awards permitem-nos reflectir não só sobre um ano de cinema, mas sobre os feitos de uma vida” afirmou a Presidente da Academia Cheryl Boone Isaacs.  “Estamos completamente entusiasmados em honrar estes membros excepcionais da comunidade global do cinema e esperamos celebrá-los em Novembro.”

Miyazaki é um artista, argumentista, realizador, produtor e três vezes nomeado para um Oscar na categoria de Longa-Metragem Animada, tendo sido vencedor em 2002 pel’A Viagem de Chihiro.  As suas outras nomeações foram para O Castelo Andante, em 2005 e As Asas do Vento, o ano passado.  Miyazaki tornou-se muito popular no seu país, o Japão, por filmes como Nausicaä do Vale do Vento, O Castelo no Céu, O Meu Vizinho Totoro e Kiki – A Aprendiz de Feiticeira, antes do sucesso internacional no final dos anos 90, com Princesa Mononoke. É o co-fundador do Studio Ghibli, um conhecido estúdio de animação, baseado em Tóquio.

O Prémio Honorário, uma estatueta Oscar, é entregue “para honrar a distinção extraordinária de êxito de uma vida, contribuição excepcional ao cinema, artes e ciências, ou por serviços extraordinários prestados à Academia”.

Fonte: Oscar.org

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Novidades desta semana em Cinema!

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~ Filmes ~

O Manga Ansatsu Kyoshitsu agora em Live-Action:

O Manga de Yusei Matsui, Ansatsu Kyoshitsu (Assassinato na Sala de Aula) será adaptado ao Cinema por Eiichiro Hasumi! A narrativa segue um alien que ameaça destruir a Terra se ele não for morto até Março do próximo ano. Para além disso, exige tornar-se professor de uma turma específica de uma escola específica. O Governo, sem margem de manobra, aceita a proposta e oferece uma recompensa de 10 bilhões de yen ao aluno que o conseguir matar. O problema aparece quando os alunos se começam a afeiçoar ao professor. O cast conta, entre outros, com a participação de Ryosuke Yamada, Kippei Shiina, Masaki Suda e Maika Yamamoto. A obra estreia em Março do próximo ano no Japão.

Novo Filme de Época:

Baseado no livro Tokeji Hanadayori de Hisashi Inoue, Kakekomi Onna to Kakedashi Otoko (algo como Demasiadas Mulheres e Poucos Homens) será realizado por Masato Harada. A história segue a vida de um templo Budista conhecido por receber mulheres que são abusadas pelos maridos e que, na impossibilidade de se divorciarem facilmente, se refugiam naquele local. Para além das mulheres, vive lá um médico aspirante a escritor, Nobujiro Nakamura (Yo Oizumi) que tenta ajudar as refugiadas o melhor que pode, chegando mesmo a sentir-se atraído por uma delas. O filme estreia em Maio de 2015 no Japão.

~ Séries ~

Fuji Tv:

Baseado no livro de Hiroshi Mori com o mesmo nome, Subete ga F ni Naru (Tudo se transforma em F) estreia em Outubro deste ano. Realizado por Hidenori Joho e escrito por Hiroshi Mori e Tsutomu Kuroiwa, a série conta a história de Moe Nishinosono e Sohei Saikawa, uma aluna e um professor que trabalham num laboratório. Durante uma das noites, dois alunos são assassinados no laboratório e o duo começa a investigar o caso.

NTV:

Matsu (da banda pop Exile), Sayaka Yamaguchi e Masahiko Nishimura fazem parte do cast principal da nova série da NTV,  Binta!. Matsu interpretará o papel de um homem de 30 anos que regressa à sua casa natal após a morte do pai, descobrindo que tem uma meia irmã. De modo a tomar conta dela, o homem acaba por encontrar trabalho num escritório de advogados. Binta! estreia no dia 2 de Outubro.

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